Ideia é construir casas pré-moldadas em madeira e entregar no dia 31 de março de 2024. Segundo o prefeito, o projeto já está em andamento
Durante sua participação no Jornal do Acre 1ª Edição desta quarta-feira (5), o prefeito da capital, Tião Bocalom, prometeu focar na habitação nos próximos anos e lançou dois projetos importantes para a área. O primeiro é o “Casas da Dignidade”, que promete entregar em um dia só 1.001 casas populares. A data inicial para essa entrega é 31 de março de 2024, segundo a prefeitura.
“O desafio é grande. Fui convidado para ver umas madeiras para resíduos madeireiros lá em Manoel Urbano na Agrocortex e lá levei o pessoal da Emurb [Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco] para ver a madeira para a gente queimar, poder aquecer o asfalto da cidade. Quando cheguei lá, com o olhar de marceneiro que sou, madeireiro que fui, disse que dava para fazer outra coisa. Pensei que podíamos fazer casas populares, porque a gente pega essa madeira, retalha e vamos fazer casas populares”, disse.
O gestor destaca ainda que esse projeto traz o apelo ambiental, já que reaproveita a madeira que antes iria ser queimada para outros fins e também vira uma ação social de construção de casas para as pessoas. A intenção, segundo ele, também é economizar com aluguel social.
Bocalom avaliou a questão habitacional como um gargalo da gestão e disse que com esse projeto pretende beneficiar mais de mil famílias que não têm acesso à moradia de qualidade na capital. Ao todo, 200 famílias nessa situação já foram selecionadas seguindo os critérios.
“Tem muita gente morando em cima de esgoto, morando na região que alaga, então a gente precisa achar alternativa para isso daí. Quem tem condições de financiar, pode entrar no nosso outro projeto e financiar e, quem não tem, entra no projeto 1.001 dignidades, que é a construção dessas casas de uma vez só, que deverá acontecer, a princípio, no dia 31 de março de 2024. Até lá, a gente vai preparar todo o projeto, toda a madeira, porque tudo isso vai ser montado em um dia. Vão ser montados painéis de madeira, módulos pré-montados e no dia vamos envolver aproximadamente 3 mil pessoas”, garante.
As parcerias para avaliar e seguir critérios serão feitas com o Ministério Público do Acre e também com as federações da Indústria e Comércio.
Minha Dignidade
O segundo projeto de habitação é o “Minha Dignidade”. Nele, o prefeito pretende custear até 90% do terreno para moradia popular para servidores da prefeitura.
Para os servidores municipais que ganham de um até três salários mínimos, o custeamento da prefeitura será de 90% do valor do terreno; para os que recebem de quatro a cinco, será de 60% e para aqueles que recebem de seis a sete, será de 40%. Já a população em geral que recebe de um a três salários mínimos será contemplada em até 80% do custeamento do terreno.
“A prefeitura tem uma quantidade enorme de lotes, que, muitas vezes, estão sendo invadidos, então a prefeitura vai colocar essas áreas à disposição de empresas que constroem os lotes e é onde entra aquela situação de as pessoas que têm condições de financiar pela Caixa, Banco do Brasil. Essas pessoas vão financiar os apartamentos, vai ser uma parceria público-privada. Isso é uma forma de fomentar a geração de emprego e renda através dessas condições e dar oportunidade para os funcionários da prefeitura que não tem condições de ter sua casa para morar”, disse.
O prefeito disse que já tem espaço no bairro Santo Antônio, em Rio Branco, para construir 144 prédios, mais 96 em outra área e tenta um acordo com o Portal da Amazônia para construir mais 352 apartamentos. “A gente já tem área definida para pelo menos 582 apartamentos em parceria público-privada. Estamos procurando parcerias.”