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Pessoas em situação de rua ocupam ponte no Centro de Cruzeiro do Sul e prefeitura estuda montar república

Pessoas em situação de rua ocupam ponte no Centro de Cruzeiro do Sul e prefeitura estuda montar república

No local, é possível ver uma estrutura montada usada para moradores de rua. A prefeitura diz que tem acompanhado a situação

O aumento da população de rua em Cruzeiro do Sul tem chamado a atenção das autoridades. A problemática já tem mudado o cenário da segunda maior cidade do estado, podendo agora ser visto pessoas morando debaixo da Ponte da União, que corta o Centro da cidade.

Imagens registradas pela equipe da Rede Amazônica mostram uma estrutura montada, com muitos lençóis, que formam uma espécie de parede, montando barracos. Há também roupas estendidas e muitos entulhos.

De acordo com dados da prefeitura, ao todo são 91 pessoas em situação de rua, sendo que desse número 56 são fixas, e moram de fato nas ruas, e outras 35 em rotatividade, ou seja, estão em situação de rua.

Em nota, a prefeitura de Cruzeiro do Sul informou que a problemática das pessoas em situação de rua teve um aumento significativo em um curto espaço de tempo. A gestão diz que também foi feito um mapeamento dos locais que esses grupos ocupam, mas que eles acabam sempre migrando.

“A prefeitura está em processo de locação de um espaço que será transformado em república para que esse cidadão possa tomar banho, almoçar, tomar café , dentre outros serviços que lhes serão oferecidos, bem como, uma local para dormir com dignidade”, destaca a nota.

moradores 002 webPrefeitura diz que grupos migram de local e que nº de pessoas em situação de rua aumentou — Fotos: Bruno Vinicius/Rede Amazônica Acre

Outro ponto é tentar recuperar essas pessoas, em casos de usuários de drogas. “De forma emergencial, o município já oferece atendimentos através das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Social e de Saúde, com acompanhamentos constantes e realização de testes.”

Grupo para ressocialização

Ainda em abril deste ano, um decreto municipal criou um grupo de trabalho para definir políticas públicas para ressocialização de pessoas que moram na rua.

O grupo é formado por representantes do poder público municipal, estadual e instituições não governamentais que incluem igrejas, comunidades terapêuticas, CAPs entre outros. As ações são coordenadas pelo vice-prefeito Henrique Afonso.

O coordenador disse que entre as ações que devem ser implementadas está o projeto de Moradia Primeiro, que eles estão buscando informações para iniciar a implementação, o outro é a criação de um centro de referência, para fazer o acolhimento destas pessoas e acompanhar, a outra iniciativa é buscar a capacitação para que eles possam vislumbrar vagas no mercado de trabalho.