O Festival Baquemirim, no próximo dia 25, no Anfiteatro da UFAC, começa às 9h da manhã, homenageando Mestre Pedro Monteiro Moraes.
Esse tributo ao Mestre Pedro, mais conhecido como Pedro Sabiá, é o reconhecimento de uma vida inteira dedicada à música, à sua generosidade e sabedoria.
Mestre Pedro nasceu em 1951, no Seringal Cachoeira, município de Xapuri e é parte de uma tradicional família de músicos. Seu pai tocava e afinava todos os tipos de sanfona, sua mãe era violinista, por isso, com os filhos, ganharam o nome de “família sabiá”. Quem convive com Mestre Pedro, destaca sua gentileza e tranquilidade, além da beleza de suas músicas.
Somente em 2021 gravou seu primeiro álbum profissionalmente, distribuído em todas as plataformas de streaming pelo Baquemirim.
Lembrando os versos feitos para um outro homenageado, que traduzem bem Mestre Sabiá: “o sabiá cantou na aurora/ trilha sonora/ neste cenário sou canário cantador/ doce regato/ cheiro de mato/ brasileira essência do interior”. Esse é seu Pedro, cantando desde sempre, com a família, com os amigos e durante a vida inteira.
As famílias de Chico Mendes e Mestre Pedro conviveram e ele cresceu trabalhando e tocando nas festas dos seringais e também lutou lado a lado com Chico nos empates.
Trabalhou 40 anos com a seringa, até que a pressão dos fazendeiros tornou sua subsistência insustentável, e foi mais um a migrar para a periferia de Rio Branco.
Afina e reforma sanfonas e reúne músicos tradicionais de todo o estado em sua casa, que se tornou ponto de encontro.
Seu repertório tem a musicalidade dos arigós (soldados da borracha, predominantemente nordestinos, vindos durante o ciclo da borracha), que se agregam à música dos indígenas.
Por tudo isso, Viva o Mestre Pedro Sabiá!