O presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC, Leandro Domingos, emitiu, no último domingo, 17, sua opinião quanto ao Decreto Municipal nº310, que restringiu o tráfego de veículos automotores em Rio Branco. Para Domingos, a medida seria “inócua e desnecessária no combate ao Covid-19”.
A restrição vale até o próximo dia 31 de maio, e estabeleceu que automóveis com dígitos finais de placas ímpares só poderão circular em dias ímpares; veículos com finais de placas pares só estão autorizados a trafegar em dias pares. A restrição é de 24 horas e incluiu também sábados, domingos e feriados, segundo informações da Agência de Notícias do Governo do Estado.
Leandro Domingos afirmou que a medida não seria eficiente para conter a incidência de Coronavírus. “Maranhão e São Paulo são exemplos desta afirmativa: mesmo com o rodízio de veículos, a doença continua crescente, a taxa de ocupação de leitos segue aumentando e o nível de isolamento social diminuindo. As pessoas deixam seus carros em casa e passam a usar transportes coletivos, lotando ônibus e outros meios de transportes. Ganham os donos de ônibus e a Covid, com ambientes fartos para proliferar”, disse.
O presidente relembrou também que ele mesmo estará mais exposto ao Coronavírus. “Ao invés de me isolar, o decreto me junta a outras pessoas”, reiterou. Além disso, ainda conforme a publicação de Domingos, dados do Ministério da Saúde apontaram que o Acre, atualmente, ocupa a sétima colocação no estado com o maior nível de isolamento social, na ordem de 47,51% sem rodízio de veículos. “São Paulo, mesmo com o rodízio, está com 43,05% e uma grande insatisfação das pessoas com o prefeito e o governador. O decreto municipal editado no Acre prejudica a atividade econômica, o direito de ir e vir e possibilita a proliferação da doença”, finalizou.