Sem profissionais suficientes, coordenação diz que início do ano letivo está comprometido. Protesto ocorreu nesta sexta-feira (7) em frente a Secretaria de Educação
O ano letivo de 2020 da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) pode não iniciar na segunda-feira (10) por falta de profissionais.
Por conta disso, pais, alunos e funcionários da instituição protestaram, nesta sexta (7), em frente a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes do Acre.
Ao G1, o secretário-adjunto da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE), professor Márcio Mourão recebeu, ainda na manhã desta sexta (7), na sala de reuniões, professores e representantes da Apae. No encontro, foi reafirmada a parceria e o compromisso do governo a associação.
“As demandas vão ser atendidas, como vem acontecendo desde o ano passado, quando o secretário Mauro Cruz assumiu o compromisso com a entidade, auxílio esse fundamental para o bom atendimento dos alunos”, disse em nota.
A coordenadora pedagógica da Apae, Aida Correia, afirmou que em anos anteriores os profissionais que atuavam na instituição eram cedidos da secretaria e que, desde o ano passado, a situação ficou complicada por falta de professores e outros servidores.
“Desde o ano passado, nós estamos tentando resolver essa situação com relação a falta de profissionais. Os profissionais que estão na instituição são insuficientes e não tem condições da gente iniciar o ano letivo. Já terminamos o ano letivo de 2019 comprometido com falta de profissionais e esse ano está impossibilitado de iniciarmos as atividades”, disse Aida.
Mãe de um aluno da Apae, Raimunda Nonata contou que ficou surpresa ao ser chamada para uma reunião onde ficou sabendo da possibilidade de o ano letivo não iniciar.
Ela lamentou a situação e afirmou que o filho, de 23 anos, estuda no local desde que era criança e teve uma evolução significativa por conta das aulas.
“A gente não esperava receber essa notícia de que a instituição está próximo de fechar por causa de falta de profissionais em todas as áreas. Em tudo a escola está numa carência que pode prejudicar nossos filhos. Estamos aqui para falar com o secretário para ele se manifestar e dar uma resposta para nós sobre o porquê de está causando essa situação”, reclamou Raimunda.
A aluna Maria de Lurdes também participou do protesto. “Eu estou querendo estudar, eu quero inteirar esses professores. Quero estudar porque é muito bom lá. Fico muito triste, porque não quero parar de estudar”.
Cecília Teixeira, mãe de aluna, disse que a filha chegou a ser rejeitada em algumas escolas particulares e que deve todo conhecimento adquirido pela filha à Apae.
“Quando tentei matricular ela em colégio particular, não aceitaram. Hoje, se ela sabe ler, escrever e fazer conta, eu agradeço à Apae. Nós precisamos de professor para ensinar os alunos que foram prejudicados nos colégios particulares”, afirmou Cecília.