Símbolo originário do budismo e apropriado pelo nazismo foi utilizado pela Alemanha durante a ditadura de Adolf Hitler, nos anos de 1930 e 1940. Regime nazista foi responsável pelo Holocausto, assassinato em massa de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial
Uma fantasia confeccionada por uma loja do ramo a pedido de um professor acabou repercutindo negativamente nas redes sociais, nesta quinta-feira (4), em Rio Branco. A fantasia foi postada, na verdade, há três anos, mas foi resgatada por internautas que criticaram a postagem. Na foto, duas pessoas aparecem na imagem, sendo que uma delas usa suástica nazista no braço.
O símbolo, originário do budismo e apropriado pelo nazismo, foi utilizado pela Alemanha durante a ditadura de Adolf Hitler nos anos de 1930 e 1940. O regime nazista foi responsável pelo Holocausto, o assassinato em massa de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
“Imagina achar super tranquilo e normal vestir uma bizarrice dessa”, comentou uma internauta.
“Quando alguém te perguntar o quão importante é estudar história, mostre essa foto”, pontuou outro.
Ao g1, Rita Pejon, responsável pela loja, disse que a publicação é de três anos atrás e que a fantasia foi feita a pedido de um professor para apresentação de um trabalho escolar.
“Essa postagem tem uns três anos mais ou menos. Aqui, alugo fantasias de todos os tipos e às vezes a pessoa chega procurando a fantasia X e falo que não tenho e essa realmente não tinha. E, na ocasião, a pessoa queria fazer um trabalho escolar e tinha que representar o personagem e vieram procurando o Hilter e falei que não tinha essa fantasia”, contou.
Montagem
Rita, então, disse que tinha a fantasia de piloto de avião e sugeriu fazer o desenho da suástica para que ficasse semelhante a usada por Hitler.
“Ele me mostrou a foto e eu disse que tinha a de piloto de avião, que é azul marinho, pode ver que tem o símbolo de aviação do lado e falei: só se fizer um desenho e a gente fez de plástico para por no braço e foi isso. E, quando postei, disse que o que a gente não tem, inventa. Foi uma forma de falar que aqui na Acre Fantasias, se as pessoas vêm atrás de fantasias que nem existem, a gente pega e monta. Postei isso e nem me liguei e, agora, alguém foi buscar isso lá embaixo e começaram a falar”, acrescentou.
O parágrafo primeiro do artigo 20 da lei 7.716/1989 prevê pena de dois a cinco anos de prisão a quem fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
Porém, Rita disse que para ela se tratou apenas de um personagem da história e que não faria apologia ao nazismo e explicou os detalhes da roupa com diferença na cor, por ser azul, o cinto preto de uma fantasia de papai Noel e tudo foi improvisado para trabalho escolar.
“Meu filho disse que estavam falando coisas e, hoje de manhã, tomei conhecimento da situação e começaram a entrar em outras postagens e falar porcaria. Realmente foi uma publicação para mostrar que a gente inventa. Retirei a publicação, mas as pessoas ficam falando que é apologia, mas não é. Foi um trabalho escolar e não tive noção e não foi por maldade, não tenho essa fantasia, foi pura inocência e o chato é que fizeram print de um cliente meu e jamais iria apoiar qualquer coisa”, concluiu.