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No AC, governo instala gabinete de crise para gerir pandemia, surto de dengue e cheias

Decreto que institui o gabinete temporário foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) de terça-feira (16). E será composto por representantes de pelo menos nove órgãos do governo que devem realizar reuniões a cada sete dias

Devido a situação de cheia que atinge pelo menos 8 municípios do Acre, pandemia de Covid-19 que levou a superlotação dos hospitais do estado e surto de dengue, o governador Gladson Cameli instalou um gabinete de crise que deve ser comandado pela Secretaria de Estado da Casa Civil (Secc) para gerenciar a situação no estado.

O decreto que institui o gabinete temporário foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) de terça-feira (16) e será composto por representantes de pelo menos nove órgãos do governo que devem realizar reuniões a cada sete dias.

O governador Gladson Cameli também anunciou, na terça, que vai decretar situação de emergência devido à cheia dos rios que desabriga mais de 150 famílias, surto de dengue, e também devido a crise migratória na fronteira do Acre com o Peru e a falta de leitos de UTI para pacientes com Covid-19.

O gabinete de crise tem a finalidade de monitorar, mobilizar e coordenar as atividades dos órgãos públicos para adoção das medidas necessárias ao enfrentamento, e, minimizar efeitos causados pela cheias, dengue e coronavírus.

aedes webEstado contabiliza mais de 8.626 casos suspeitos de dengue — Foto: Reprodução/arquivo Rede Amazônica Acre

Situação de dengue no Acre

Até o dia 6 de fevereiro, o estado contabilizava 8.626 casos suspeitos de dengue. Destes, 1.552 foram confirmados, 1.721 descartados e 5.353 estão em investigação.

No mesmo período de 2020, o número de casos suspeitos era de 3.866, ou seja, houve um aumento de mais de 123% no total de notificações. Dados são do boletim epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre).

Ainda segundo os dados do departamento, as cidades com mais casos suspeitos são: Rio Branco, com 3.147 casos representando 36% do total - a capital acreana já declarou situação de emergência devido o aumento nos casos; Tarauacá - 2.124 e 25% da soma; e Cruzeiro do Sul que já contabiliza 16% dos casos com 1.359.

covid webAcre está com hospitais lotados de pacientes com Covid — Foto: Odair Leal/Secom

Covid-19 no Acre

Com os leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) funcionando no limite, chegando a 94% de ocupação, nessa terça-feira (16), o Acre acumula 53.590 casos de Covid-19. O total de mortes no estado era de 932, segundo dados da Sesacre.

O número de exames de RT-PCR à espera de análise pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen) ou pelo do Centro de Infectologia Charles Mérieux era de 845.

Cheias na capital e no interior do estado

Até a tarde de terça, pelo menos oito cidades do Acre estavam afetadas pelos rios que transbordaram desde o último final de semana. Com os efeitos das enchentes, pelo menos 150 famílias estavam desabrigadas em todo estado. Moradores desabrigados foram levados para abrigos montados em escolas, igrejas, ginásios, quadras esportivas e barcos.

As cidades de Cruzeiro do Sul e Sena Madureira, no interior do estado, decretaram situação de emergência na segunda (15) por causa da enchente nos rios Juruá e Iaco, respectivamente.

Fazem parte do gabinete de crise os seguintes órgãos:

  • Secretaria de Estado da Casa Civil (Secc), responsável pela coordenação;
  • Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre);
  • Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)
  • Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres (Seasdhm)
  • Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema);
  • Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre (CBM-AC)
  • Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec)
  • Gabinete do Governador;
  • Procuradoria Geral do Estado do Acre (PGE).