Recontagem da população brasileira começou a ser feita nessa segunda-feira (1º), em todo país e segue até 31 de agosto
A população do Acre começou a ser recontada, nessa segunda-feira (1º). É que começou a coleta domiciliar do Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No estado acreano, cerca de 680 recenseadores já estão nas ruas dos 22 municípios e devem visitar pelo menos 200 mil domicílios, em um período de três meses, ou seja, as ações seguem até o dia 31 de agosto.
Marco Fábio Esteves, chefe da unidade estadual do IBGE no Acre, disse que os recenseadores fazem o levantamento das características da população, a forma que eles vivem, onde moram, de forma mais detalhada como ocorre em todos os estados.
“Com o Censo, a gente sabe se tem mais jovem, mais idoso, se vai ser necessário investir em aposentadoria em programas para idosos, ou programas para jovens. É o censo quem dá esta informação. Para o empresariado, na hora que ele vai montar um empreendimento local, para verificar se ele tem o segmento adequado, se aquilo vai atender a implantação dele naquele local, para o professor e acadêmico na pesquisa, então serve para toda a sociedade”, disse.
Dos profissionais que atuam no Acre, 324 estão apenas na capital acreana, Rio Branco. A população terá que responder a dois questionários diferentes, um o básico e o de amostra que no caso é apenas para uma parcela da população do Acre, cerca de 10%.
“O Censo vai em todos os domicílios, diria que a metodologia é essa. Nós temos no censo dois tipos de questionário. Um básico e outro de amostra. No questionário básico, temos vários dados das características básicas da população. O de amostra aborda outros temas, ele não é aplicado em todos os domicílios é só no amostra como ele mesmo diz. Então, pega todos os dados do questionário básico mais amostra. No caso aqui do Acre, aproximadamente em 10% da população será aplicado esse questionário”, acrescentou.
Última contagem
A última contagem da população brasileira foi em 2010. Por lei, o levantamento censitário deve ser realizado no país a cada dez anos e, portanto, deveria ter sido feito em 2020, mas foi adiado para o ano seguinte.
Em 2021, o Censo sofreu novo adiamento, por falta de orçamento. Após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo federal liberou os R$ 2,3 bilhões solicitados pelo IBGE.
A edição de 2022 do Censo Demográfico traz algumas novidades. Pela primeira vez, os moradores de territórios quilombolas, além das aldeias indígenas, serão contabilizados.
Segundo o IBGE, os primeiros resultados do Censo 2022 estão previstos para serem divulgados ainda no final deste ano. Outras análises e cruzamentos de dados serão divulgados ao longo de 2023 e 2024.