Manancial marcou 13,13 metros nesta quarta-feira (16) e está 13 centímetros acima da cota de transbordo. Cidade segue com 500 pessoas desabrigadas
Devido às chuvas que atingem a região do Vale do Juruá, o nível do Rio Juruá continua subindo em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre.
Segundo dados do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Municipal, o manancial marcou 13,13 metros nesta quarta-feira (16) e está acima da cota de transbordo, que é de 13 metros.
Com isso, cerca de 500 pessoas continuam desabrigadas e estão em abrigos montados em escolas da cidade. Pelo menos 800 famílias estão atingidas.
“Continuamos com a mesma quantidade de famílias desabrigadas e de pessoas atingidas. Isso porque, elas ainda não tinham retornado para suas casas desde a última vez que o rio transbordou. Estamos fazendo o monitoramento diário das áreas atingidas na cidade”, disse o coordenador municipal da Defesa Civil da cidade, José Lima.
Cruzeiro do Sul segue com 500 pessoas desabrigadas por conta da enchente — Fotos: Bruno Vinicius/Rede Amazônica
As famílias desabrigadas só devem retornar para as casas quando o rio estiver abaixo da cota de alerta, que é de 11,80 metros.
“Os moradores que sentirem necessidade de serem retirados das casas atingidas devem entrar em contato conosco pelo telefone 193. Ou até mesmo se precisarem de vistoria caso a residência esteja apresentando alguma anomalia. Orientamos que devem ter atenção com as navegações para evitar acidentes e cuidado redobrado com animais peçonhentos que procuram se refugiar, principalmente, dentro das casas, neste período de alagação”, afirmou.
O rio saiu da cota de transbordo na semana passada e com isso a energia elétrica foi restabelecida nas seis localidades que estavam com o serviço comprometido para evitar acidentes por conta da alagação. Mas, no meio da semana, o manancial voltou a subir e transbordou na noite de segunda-feira (14). Segundo a Defesa Civil, ainda não foi preciso voltar a suspender energia elétrica em nenhum bairro.
Com a cota atual, cerca de sete localidades estão afetadas. Entre elas:
- Lagoa
- Miritizal
- Cruzeirinho
- Várzea
- Saboeiro
- Olivença
- Comunidade Rural Florianópolis
A cidade chegou a ter 28 mil pessoas atingidas e a prefeitura decretou situação de emergência no dia 28 de janeiro. Foram nove dias com o nível acima da cota de transbordo, uma vez que o rio ultrapassou os 13 metros no dia 26 de fevereiro.