Diante do cenário de seca, Jordão teve repasse autorizado pelo Ministério da Integração após envio de plano de trabalho. Recursos devem ser usados em ações da Defesa Civil
O município de Jordão, no interior do Acre, teve o repasse de R$ 331.522,80 autorizado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) para execução de ações emergenciais de Defesa Civil.
A portaria com a liberação dos recursos foi publicada na edição da última sexta-feira (19) do Diário Oficial da União (DOU).
Segundo o documento, o município terá 180 dias para realizar as ações previstas no plano aprovado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.
Os recursos foram classificados como transferência obrigatória e devem ser usados exclusivamente em ações de resposta, como medidas emergenciais que buscam atender a população afetada por desastres como enchentes, deslizamentos, secas ou eventos provocados pelas chuvas.
Essas ações incluem a distribuição de cestas básicas, kits de higiene, água potável, apoio a famílias desalojadas, além da limpeza e desobstrução de áreas afetadas. Além disso, o objetivo visa também reduzir os danos e restabelecer as condições de vida da população.
Segundo o governo federal, a prefeitura precisa apresentar prestação de contas até 30 dias após o fim da vigência, comprovando que os recursos foram usados dentro do prazo e conforme previsto no plano aprovado.
No dia 11 de setembro, o MIDR já havia autorizado mais de R$ 2,2 milhões para três municípios acreanos, sendo eles Marechal Thaumaturgo, Cruzeiro do Sul e Xapuri.
Os valores foram liberados com base nos planos de trabalho enviados pelas prefeituras, que detalharam as necessidades locais após situações de emergência.
Do montante de R$ 2,2 milhões, o maior valor foi destinado a Marechal Thaumaturgo, que deve receber R$ 1.010.146. Cruzeiro do Sul vai receber R$ 712.658, enquanto Xapuri ficou com R$ 502.919.
Seca extrema
O município também enfrenta um momento crítico durante o período de seca que atinge, de forma severa, diversas cidades acreanas.
Comunidades enfrentam várias dificuldades como impactos no abastecimento de água, no transporte fluvial e nas condições básicas de sobrevivência em áreas isoladas.
No Rio Tarauacá, que corta a cidade e serve como principal via de acesso, o nível da água chegou a ficar com menos de 75 centímetros no começo deste mês.
Moradores atravessam o leito a pé ou de bicicleta, enquanto embarcações ficam encalhadas por falta de profundidade. A navegabilidade, essencial para levar alimentos, remédios e suprimentos a regiões de difícil acesso, também fica comprometida nessa época.