A procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, realizou nesta sexta-feira, 19, uma reunião com os 22 prefeitos do Acre, para tratar sobre a situação do estado diante o novo agravante de casos de Covid-19, e pedir a colaboração das administrações públicas municipais quanto ao reforço na aplicação das medidas restritivas que se fazem urgentemente necessárias nesse momento, e que são orientadas pelos especialistas de Saúde.
Pelo MPAC, também participaram da agenda, o procurador-geral adjunto para Assuntos Jurídicos, Sammy Barbosa Lopes, e o promotor de Justiça que ocupa o assento do MPAC no Comitê Estadual de Acompanhamento da Covid-19, Glaucio Shiroma Oshiro. A reunião com os prefeitos foi um pedido do MPAC ao presidente da Associação dos Municípios do Acre (Amac), prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom.
O Acre vive hoje um dos piores momentos da pandemia, com o disparo de centenas de novos casos diariamente, fazendo com que as redes de saúde pública e privada estejam no limite de suas capacidades de atendimentos. Há filas por uma UTI e o maior hospital de referência do Estado para a doença, o INTO, tem realizado cerca de 400 atendimentos por dia, encontrando-se próximo de sua ocupação máxima.
A procuradora-geral reforçou que é de suma importância que as instituições estejam ainda mais irmanadas promovendo um trabalho alinhado e com medidas mais duras para combater a circulação do vírus. “É um momento que exige de todos nós uma reflexão e medidas ainda mais duras, pois o quadro muda a cada dia e precisamos, realmente, pensar acerca do que nós, agentes públicos, precisamos fazer para evitar uma situação ainda mais calamitosa. É fundamental que nos irmanemos para buscar alternativas coesas e responsáveis, para nos anteciparmos às fragilidades que podem ocorrer”, disse.
O procurador-geral adjunto colocou o MPAC à disposição dos prefeitos para auxiliá-los no que for necessário nas ações correlatas à pandemia. “Precisamos nos irmanar, darmos as mãos e combatermos juntos o nosso inimigo em comum, que é a doença, o vírus. Esse que é o inimigo que precisamos nos aliar para combater. E no fim, termos certeza de que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para defender e proteger a população em meio a essa crise”, disse Sammy Barbosa Lopes.
Enrijecimento das medidas restritivas
O promotor de Justiça, Glaucio Shiroma Oshiro fez uma contextualização aos prefeitos, quanto à situação de emergência e riscos de colapso no estado, pontuando a necessidade de adoção de medidas ainda mais duras, não só para conter o contágio pelo vírus, mas para evitar um colapso no sistema de saúde.
A chefe do MP acreano também acrescentou que o Governo do Estado formou uma comissão técnica que agrega o poder público e o Comitê Especial de Acompanhamento da Covid-19, para deliberar em conjunto, as medidas que precisam ser tomadas. “Agradeço a todos os prefeitos por atenderem ao MPAC e participarem reunião. Faço esses agradecimentos em nome do presidente da Amac, prefeito Tião Bocalom. E, desde já, coloco o MPAC à disposição, através dos nossos promotores de Justiça que atuam em seus municípios, assim como, toda administração superior do MPAC e a minha gestão”, finalizou.
Em nome dos prefeitos, o presidente da Amac, prefeito Tião Bocalom, agradeceu ao MPAC e reafirmou seu apoio à instituição, reforçando a importância de as prefeituras receberem um apoio no reforço policial para fiscalizar o cumprimento das medidas. “Agradecemos imensamente ao Ministério Público, pelas orientações e por puxar essa reunião para discutir uma agenda muito importante para a população”, disse Bocalom.