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MP instaura inquérito civil para apurar demolição irregular de patrimônio histórico no centro de Rio Branco

MP instaura inquérito civil para apurar demolição irregular de patrimônio histórico no centro de Rio Branco

A decisão não especifica o que seria o imóvel. Órgãos municipais e estaduais afirmam não terem sido informados sobre apuração

O Ministério Público do Acre (MP-AC) converteu em inquérito civil um procedimento preparatório para apurar uma suspeita de demolição irregular de patrimônio histórico no Centro de Rio Branco. A decisão é do promotor de justiça Alekine Lopes dos Santos e foi publicada na edição do último dia 3 do Diário Eletrônico do MP-AC.

Na fase de procedimento preparatório, o processo foi aberto em junho de 2022, e se refere a um imóvel localizado na Avenida Brasil, no centro de Rio Branco. À época, o promotor afirmou que “chegou ao conhecimento do Ministério Público, através de declarações prestadas sobre a demolição de um imóvel localizado na Av. Brasil, n. 415, Centro, definido como área de especial interesse histórico-cultural deste município”.

Mais de 6 meses depois, o órgão afirma que precisa ser feita uma análise mais criteriosa dos fatos, e ressalta que “o presente procedimento foi instaurado há mais de 180 (cento e oitenta) dias, sem que tenham sido finalizadas as apurações; e, ainda, que os elementos de prova até então colhidos apontam a necessidade de aprofundar as investigações”.

O promotor cita a Secretaria Municipal de Infraestrutura como requerida no procedimento, e define ainda que devem ser agendadas reuniões com representantes da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) e Fundação Municipal de Cultura, Esporte e Lazere Garibaldi Brasil (FGB).

Responsabilidade

O documento não especifica o que seria a edificação. O g1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do MP-AC e aguarda retorno. O endereço que consta no processo indica que o imóvel é localizado na mesma avenida que o Casarão, patrimônio histórico de Rio Branco, e em frente ao portão da Casa Civil.

O secretário municipal de infraestrutura Antônio Cid alegou que a demolição teria sido feita em gestão anterior, há mais de 5 anos. Além disso, informou que o imóvel seria do estado.

Já o secretário estadual de habitação e urbanismo, Egleuson Santiago, informou não ter informações sobre o imóvel. Minoru Kimpara, presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, disse também não ter sido informado sobre a apuração.