Pelo menos dez famílias devem ser retiradas pela Defesa Civil e levadas para o aluguel social em Rio Branco. Na próxima segunda-feira (12), equipes da Defesa Civil Municipal vão fazer uma nova avaliação na área
Cerca de dez famílias devem ser removidas do Beco do Batalha, que fica no bairro Vila Ivonete, em Rio Branco, uma das regiões mais atingidas pela enchente do Igarapé São Francisco em março deste ano.
No local, ainda existe muito lixo deixado pela cheia. Após as águas baixarem, alguns moradores voltaram para suas casas, mas as estruturas precisam de avaliações.
O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, destacou que, na próxima segunda-feira (12), as equipes vão voltar ao local para retirar pelo menos dez famílias.
“Serão retiradas e algumas poderão voltar, dependendo da avaliação da Defesa Civil se o risco for apenas hidrológico. Porque os riscos sendo hidrológicos e geológicos as pessoas devem sair definitivamente e que outras pessoas não venham habitar”, disse.
Rio Branco viveu uma situação de emergência, reconhecida pelo Governo Federal desde o dia 24 de março. Após fortes chuvas no dia anterior, pelo menos sete igarapés transbordaram na capital acreana. No mesmo dia, o Rio Acre subiu cerca de cinco metros e atingiu a cota de transbordamento, que é de 14 metros.
Março foi bem mais chuvoso do que o esperado. Segundo dados da Defesa Civil municipal, Rio Branco encerrou o mês com um acumulado de 585,9 milímetros de chuva. Esse número foi mais que o dobro da média esperada, que era de 270,1 mm.
Milhares de moradores de Rio Branco foram atingidos e a prefeitura montou alguns abrigos em escolas para receber as famílias desabrigadas. Os estragos deixados pela chuva foram muitos. Vários pontos de alagamento, rompimento de trecho na BR-364 foram apenas alguns deles.
A enxurrada deixou inúmeros moradores sem casa e sem nenhum móvel. Famílias inteiras perderam tudo. A aposentada Maria Oliveira teve a casa encoberta pelas águas e agora teme pelo que pode acontecer.
Auxílio
A Defesa Civil do município segue acompanhando e dando assistência a essas famílias com o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), limpeza do local, assistência com a moradia, entre outras ações.
O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou que no Beco do Batalha os moradores precisam de auxílio com moradia. A Assistência Social Municipal faz o levantamento para identificar as famílias que precisam do aluguel social.
“A Defesa Civil virá na próxima semana para poder avaliar ainda mais essas famílias que estão aqui e, claro, retirá-las para um aluguel social. Posteriormente, sendo o risco hidrológico e geológico, essas famílias também devem participar do programa de habitação para ter uma residência própria”, concluiu.