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Mesmo com enchente, Ponte Metálica é liberada após sete meses interditada em Rio Branco

Mesmo com enchente, Ponte Metálica é liberada após sete meses interditada em Rio Branco

Ponte estava fechada para obras desde julho do ano passado. Liberação ocorreu na tarde desta quarta (28) pelo Deracre

Fechada desde julho do ano passado, a Ponte Juscelino Kubitschek, conhecida como Ponte Metálica, foi liberada na tarde desta quarta-feira (28) em Rio Branco. A ponte foi interditada após equipes do Departamento de Estradas de Rodagens do Acre (Deracre) identificarem corrosão e desgaste em alguns pontos da estrutura durante avaliação.

A liberação da ponte estava prevista para esta quinta (29), contudo, nesta quarta, o governo anunciou que a empresa finalizou o trabalho de substituição das peças de apoio embaixo da estrutura.

No último dia 24, em entrevista à Rede Amazônica Acre, o diretor-presidente do Deracre, Sócrates Guimarães, afirmou que estavam avaliando a data por conta da cheia do Rio Acre. Segundo ele, caso o nível do rio estivesse com 18 metros na capital a ponte não seria reaberta.

O nível do Rio Acre segue subindo e chegou a marca de 16,58 metros às 15h desta quarta. O manancial está acima de 16 metros desde a última segunda (26) e já deixa mais de 1,5 mil pessoas fora de casa.

Deracre já havia informado que a ponte metálica seria reaberta no fim de fevereiro mesmo com cheia do Rio Acre. Na época, o Deracre apresentou um laudo técnico orientando sobre a necessidade de revitalização da estrutura, que foi construída há mais de 50 anos, e a suspensão de passagem de veículos e pedestres.

Entre o final de março e início de abril do ano passado, a Ponte Metálica ficou 18 dias interditada por conta da cheia do Rio Acre e o acúmulo de balseiros embaixo da estrutura. Com a vazante do rio, equipes do Deracre iniciaram os reparos na pavimentação da ponte.

Enchente

O Acre enfrenta uma cheia histórica em 2024. Em todo o estado, 14.476 pessoas estão fora de casa, dentre desabrigados e desalojados, segundo a última atualização nesta quarta-feira (28). Além disto, 17 das 22 cidades acreanas estão em situação de emergência por conta do transbordo de rios e igarapés. Ao menos 23 comunidades indígenas no interior do Acre também sofrem com os efeitos das enchentes.

Em todo estado, segundo a Defesa Civil Estadual, a enchente dos rios atinge mais de 100 mil pessoas. Somente na capital Rio Branco são 60 mil atingidos diretamente pela cheia. Do total, 5.960 estão desabrigadas e 8.515 desalojadas, segundo o governo do estado. Municípios como Santa Rosa do Purus, Jordão e Assis Brasil, que já registraram vazante, estão sem atualização do quantitativo atual.

O decreto reconhecendo da situação consta no Diário Oficial da União (DOU), de domingo (25). A medida também havia sido publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE).

São cerca de mil pessoas desabrigadas e pelo menos 567 pessoas desalojadas somente na capital, conforme o boletim emitido pelo governo do Acre nesta quarta. Somente nos abrigos mantidos pela Prefeitura de Rio Branco, no Parque de Exposições e escolas, são mais de 900 pessoas até à última atualização desta reportagem.

São 312 famílias, totalizando 936 pessoas, de acordo com levantamento feito pela manhã. No total, são 1.377 pessoas em abrigos. Segundo a Defesa Civil Municipal, há 60 mil pessoas afetadas pela enchente na capital acreana.