Essa é a 5ª semana desde que começou a valer decreto que determina fechamento do comércio e outros serviços considerados não essenciais aos finais de semana e feriados
Este é quinto final de semana com medidas mais restritivas para tentar reduzir os casos de Covid-19 e a demanda nos hospitais no Acre. Para ajudar os acreanos a entender como ficam os serviços neste sábado (17) e domingo (18), o G1 listou o que pode e o que não pode funcionar neste final de semana.
As medidas mais restritivas começaram a valer no último dia 13 março, depois que Saúde do Acre entrou em colapso. De lá pra cá, o governo fez alterações no decreto e incluiu serviços que antes não poderiam funcionar, como o caso dos supermercados e mercados, que agora podem.
Além das restrições de funcionamento do comércio e serviços considerados não essenciais, está valendo o toque de recolher, em todo estado, no período das 19h às 5h aos fins de semana e feriados. Durante a semana, o toque de recolher é das 22h às 5h, com a proibição de circulação em espaços e via públicas.
O que pode funcionar no final de semana
- Postos de Combustíveis para atendimento exclusivo de veículos oficiais das áreas da saúde e segurança e para motoboys e motoristas de aplicativo, no período das 7h às 10h;
- Supermercados, mercados e similares das 7h às 18h;
- Restaurantes e lanchonetes só com serviço delivery;
- Terminais de autoatendimento bancário;
- farmácias;
- hospitais;
- laboratórios de análises clínicas;
- consultórios médicos, de dentistas, fisioterapeutas e veterinários;
- Funerárias;
- Transporte coletivo deve operar com redução de 58% da frota.
O que não pode
Os demais estabelecimentos comerciais, como lojas, restaurantes, lanchonetes, podem funcionar só com serviço de delivery. Está proibido qualquer tipo de atendimento presencial ao público, inclusive na modalidade drive-thru aos finais de semana e feriados.
Cultos, missas e outros encontros religiosos estão suspensos aos sábados, domingos e feriados.
Quem pode circular
O decreto permite que trabalhadores de modo geral possam fazer o deslocamento entre o local de trabalho e o domicílio residencial imediatamente após o término da jornada regular de trabalho.
Além disso, têm permissão de circular durante o Toque de Restrição: profissionais das áreas de saúde e segurança privada, para fins de deslocamento entre o local de trabalho e o domicílio residencial, imediatamente após o término ou logo antes do início da jornada regular de trabalho; os profissionais que atuam nos serviços de entrega (delivery); os agentes públicos civis e militares, incluídos aqueles que atuam em serviços públicos delegados, para fins de deslocamento referente ao exercício de suas funções ou para fins de locomoção entre o local de trabalho e o domicílio residencial, imediatamente após o término ou logo antes do início da jornada regular de trabalho; os advogados, para fins de deslocamento referente ao exercício de suas funções, desde que para atendimento de diligência que demande atuação externa; os demais casos em que restar demonstrada situação de emergência.
O deslocamento urbano realizado, por qualquer meio, em desconformidade com as regras do Toque de Restrição autorizará o encaminhamento imediato do autor do fato à autoridade policial competente, para as providências cabíveis.
As forças de segurança do Estado intensificarão as operações de fiscalização com o objetivo de garantir a aplicação do Toque de Restrição.
Fiscalização
No final de semana passado, entre a sexta (9) e o domingo (11) foram registradas 123 ocorrências nas três regionais da capital, segundo um relatório divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sejusp). O número de ocorrências foi menor do que no 3º final de semana, quando foram registradas mais de 291 ocorrências.
Conforme o documento, 12 pessoas foram abordadas por estarem sem máscaras, além disso, foram registradas 15 autuações. Não houve conduções por desobediência e nem notificações. Com relação aos estabelecimentos, 31 receberam orientações por parte das equipes de fiscalizações e 15 foram autuados.
As ocorrências são de aglomerações, estabelecimentos comerciais abertos, abordagem a pessoas sem máscara e circulação de pessoas durante o toque de restrição. Uma denúncia anônima levou equipes da polícia até uma festa clandestina em uma casa no bairro Boa União com mais de 40 pessoas. A festa descumpria decreto estadual que proíbe aglomerações por conta da pandemia, foi encerrada e as pessoas dispersadas.
Pandemia e colapso da saúde
Desde o mês de março, o Acre passa pelo pior período da pandemia, com a Saúde em colapso. O estado tem 330 pessoas internadas, das quais 300 estão com teste positivo para a Covid-19. Sem leitos, nessa sexta-feira (16), oito pacientes estavam na lista de espera por uma vaga de UTI.
A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) confirmou no boletim dessa sexta mais 383 novos casos de infecção por coronavírus e 12 mortes. O número de infectados foi para 74.664 e o total de mortes agora é de 1.395.
Dos 106 leitos de UTI nos hospitais da rede SUS disponibilizados no estado, 101 estão ocupados. A taxa de ocupação total está em 96%. Os leitos de UTI estão concentrados na capital, com 80 vagas, e Cruzeiro do Sul, com 26.