O fogo consumiu uma parte da terra indígena Huni Kuin, que fica na Transacreana em Rio Branco
. O incêndio começou na quinta-feira (22), durou cerca de 3 horas e destruiu 5 hectares de terra da Área de Proteção Ambiental (APA) usada como centro cultural pelo povo indígena Huni Kuin – a destruição é equivalente a 5 campos de futebol.
No total, a área possui 30 hectares de extensão, sendo que sete deles faz parte da terra indígena e fica a cerca de 50 km do Centro da cidade. Cerca de nove famílias moram no local.
O incêndio foi controlado pela brigada dos agentes ambientais comunitários da APA do São Francisco. A comunidade, que passou por treinamento de combate a incêndio, usou abafadores e água para conter as chamas.
O indígena Txana Slã Huni Kuin lamentou a situação e disse que os planos eram de fazer um reflorestamento para evitar queimadas, mas o incêndio acabou sendo uma surpresa.
“Como foi queimado, a gente já não vai mais ter onde pegar a nossa medicina pra gente está curando as doenças dos nossos filhos, nossos netos, nossos parentes, nossos txais. Mas, nada disso vai impedir que a gente continue nosso trabalho”, disse.
Ação dos moradores
O agente ambiental comunitário Juliano Augusto acredita que a causa do fogo tenha sido criminosa.
“Duas bombas foi o que usamos e foi essencial para a gente evitar maiores danos em nossa comunidade. Graças a Deus não tivemos maiores danos e nenhum risco a vida das pessoas”, disse.
Se não fosse a rápida ação dos agentes da brigada e moradores da região, as chamas poderiam ter atingido uma área maior.
Apesar do caso exigir pressa, o Corpo de Bombeiros enfrentou dificuldades para chegar.
“A gente deslocou em uma velocidade alta para poder chegar e fazer o combate. Mas graças a Deus, os próprios moradores tinham recebido treinamentos ambientais anteriores sobre como fazer aceiro, manter os arredores da casa limpos e livres, eles conseguiram controlar o fogo”, disse.
Portal G1/AC