Buscando trabalhar a prevenção e a conscientização sobre a temática do suicídio, as equipes técnicas do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen/AC) realizaram palestras, rodas de conversa e dinâmicas de grupo ao longo da programação do Setembro Amarelo – mês de combate ao suicídio. As atividades foram direcionadas a detentos de todas as unidades prisionais e também a servidores da instituição, totalizando 212 presos e 40 colaboradores alcançados diretamente.
Em Rio Branco, as ações foram desenvolvidas em parceria com a Clínica Humanamente, que já desenvolve um trabalho voltado às detentas do presídio feminino, onde são formados grupos reflexivos que abordam temas voltados a questões sociais.
Ações foram desenvolvidas em todo o estado e alcançaram presos das unidades masculinas e femininas. Foto: Iapen/AC
A chefe da Divisão de Assistência Social e Atenção à Família, Cláudia Costa, destaca que o ser humano é complexo e que, a partir do momento em que se encontra em privação de liberdade, todas as emoções, tudo aquilo que ele carrega e suas histórias ficam mais afloradas e confusas na mente.
“Nós aproveitamos esse mês porque sabemos que um dos adoecimentos do cárcere é a ansiedade, a depressão decorrente do isolamento social”, afirmou.
Ela ainda destacou que a ação é de cunho preventivo. “A nossa intenção é conversar, explanar esse assunto, para que tenhamos uma numeração zerada de suicídios dentro dos estabelecimentos penais”, disse.
As palestras e dinâmicas de grupo também alcançaram 40 servidores diretamente. Foto: Iapen/AC
A psicóloga da Clínica Humanamente, Gilmara Melo, explica que, durante as rodas de conversa, são abordados os sinais que podem identificar a ideação suicida, os riscos, os sinais verbais e corporais, além dos comportamentos que o indivíduo apresenta durante o período em que se encontra em fragilidade emocional.
Para o presidente do Iapen, Arlenilson Cunha, as ações reforçam o trabalho que as equipe já realizam diariamente. “O trabalho incansável das equipes técnicas do Iapen tem apresentado bons resultados. Elas buscam esse olhar voltado para o ser humano, os direitos e garantias dos detentos como seres humanos, bem como o cuidado com a saúde física e mental”, frisou.