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Hospital no interior do Acre é alvo de investigação do MP por falta falta de estrutura e servidores

Direção do hospital disse já foram feitas algumas contratações, que a unidade passa por reforma e ampliação e que o problema do descarte irregular de lixo foi sanado

O Hospital João Câncio, em Sena Madureira, no interior do Acre, é alvo de investigação do Ministério Público do Acre (MP-AC) por descarte irregular de lixo, falta de servidores, medicamentos e estrutura física.

O procedimento preparatório foi publicado no Diário do MP, na terça-feira (7), e ocorre em consequência de uma fiscalização do Núcleo de Apoio Técnico (NAT) do órgão e também do Conselho Regional de Medicina (CRM) realizada em dezembro do ano passado, quando foi constatado o descarte irregular de lixo hospitalar.

Mas, as ações do órgão ocorrem desde outubro de 2019 quando foi instaurada uma notícia de fato para apurar as condições de funcionamento do hospital, tanto no que diz respeito ao espaço físico, atendimento à população, quadro de funcionários, inclusive médicos, e medicamentos, conforme explicou o promotor Cível do município, Luis Henrique Rolim.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), por meio da Assessoria Jurídica, informou que o recolhimento de resíduos sólidos no hospital está normalizado e que a unidade passa por uma reforma de ampliação.

“Todas as medidas já estão sendo adotadas para evitar o acúmulo desses resíduos na construção”, informa o documento.

O procedimento investiga ainda as condições de funcionamento do hospital e cobra da Secretaria de Saúde do Acre respostas ao procedimento que já havia sido instaurado anteriormente.

“Fizeram uma vistoria, a nossa equipe, outro relatório técnico de 12 de dezembro de 2019, isso com fotos, detalhando que tanto o CRM como o relatório do NAT, que é nosso núcleo de apoio técnico, apontavam diversas irregularidades”, disse o promotor.

O promotor explica ainda que o procedimento é para cobrar uma resposta de Sesacre e tem como objetivo que o problema seja resolvido sem que seja necessária a judicialização.

“Então, cobramos da Sesacre como está a situação. Mas, enviamos e está dentro do prazo ainda. E temos que avaliar que estamos dentro de uma situação delicada”, pontuou.

Providências

O diretor geral do hospital, Elvis Danys, conversou com o G1 e reconheceu que a unidade enfrenta alguns problemas, mas diz que algumas pendências foram melhoradas como o quadro de funcionários.

“Antes, nós tínhamos apenas um médico plantonista, mas conseguimos fazer com que, hoje, a gente tenha dois. Também foram contratados mais enfermeiros recentemente e vamos contratar mais. Então, está bem melhor do que estava um ano atrás”, diz o gestor.

Além disso, Danys explica que a estrutura física vai ter os problemas sanados com o final de reforma e ampliação que ocorre no hospital.

O problema da fossa que estava recebendo o descarte de lixo infectocontagioso o diretor fala que a área já foi isolada e que foi uma surpresa quando descobriram a irregularidade.

“Temos duas empresas terceirizadas que são responsáveis por acondicionar esse lixo de todos os setores. E tem outra empresa que pega lixo e leva para o aterro apropriado e nós imaginávamos que estava ocorrendo tudo perfeitamente. Corriqueiramente nós temos a visitas de órgãos fiscalizadores e, para nós, da direção, foi uma surpresa quando a gente descobriu que estava desta forma. Mas, a partir daí, tomamos providências e já isolamos a área”, conclui.