O governador Gladson Cameli decretou estado de alerta ambiental no Acre por conta do risco de incêndios e emissão de fumaça
que acaba potencializando os danos à saúde e ao meio ambiente. A medida foi publicada nesta sexta-feira (16) no Diário Oficial do Estado (DOE) e vale até novembro deste ano.
A determinação prevê que sejam adotadas medidas para minimizar a quantidade de queimadas e as consequências dos incêndios nessa época do ano – quando os riscos aumentam com a combinação de baixa umidade e calor.
Com mais de mil focos de calor, representantes de órgãos de prevenção e controle ao desmatamento e queimadas tinham feito a solicitação ao governo na última sexta-feira (9).
O decreto permite que a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) requisite apoio técnico e logístico do estado para combater e controlar os incêndios ambientais.
Além disso, fica criada a sala de situação de alerta ambiental, que deve ser comandada pela Cedec, com apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e coordenação operacional do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC).
A sala de situação deve diagnosticar a situação das queimadas, elaborar boletins de focos de calor e estabelecer o cruzamento com risco de fogo e focos de calor.
Os dados levantados devem dar subsídios aos órgãos ambientais, Batalhão Ambiental da Polícia Militar e CBMAC e demais órgãos envolvidos para que possam atuar de forma preventiva e repressiva nas áreas mais críticas.
Rio Branco
O número de incêndios ambientais na área urbana de Rio Branco aumentou mais de 137% em um ano. Segundo dados do Corpo de Bombeiros do Acre, nos primeiros 12 dias de agosto deste ano foram registrados 468 incêndios.
Esse número é 137,5% maior que o registrado no mesmo período de 2018, quando houve 197 incêndios.
Ao G1, o major Cláudio Falcão, da assessoria dos bombeiros, explicou que os fatores que contribuíram para o aumento de incêndios foram os fortes ventos.
“Tivemos um mês de agosto praticamente com temperaturas baixas pela parte da manhã e alta à tarde. Isso faz com que o clima fique totalmente favorável para as queimadas. Com esse clima seco e temperaturas altas as pessoas colocam fogo. Em anos anteriores não tinham tanta ventania como ocorreu agora faz com que percam o controle e áreas maiores queimem mais”, ressaltou.
Portal G1/AC