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Governo apresenta medidas para reabrir comércio e aquecer a economia

O secretário estadual de Planejamento, Ricardo Brandão, apresentou as estratégias do governo para reaquecer a economia do Acre, ainda durante a pandemia, numa audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa (Aleac).

O evento foi realizado por videoconferência nesta quinta, 2, com a participação de representantes da Fecomércio, Acisa, Fieac, Sebrae e outras entidades empresariais acreanas. Os trabalhos foram conduzidos pelo deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB), secretário da Mesa Diretora da Aleac.

“A audiência foi importante porque ouvimos as reivindicações da iniciativa privada através dos seus representantes. Saímos esperançosos ao ouvir do secretário Ricardo Brandão o compromisso de se reunir com a secretária da Fazenda e o governador Gladson Cameli para encontrarem uma solução para as empresas, sobretudo em relação aos pagamentos de tributos. O comércio está fechado e muitas empresas passam por dificuldades para pagar os seus funcionários e os impostos”, disse Luiz Gonzaga.

Por sua vez, o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PC do B), que propôs a audiência pública, ressaltou que a Aleac terá um papel preponderante no retorno das atividades econômicas, fazendo a mediação entre os setores empresariais e o governo.

“É preciso que haja um pacto para a retomada da nossa economia depois da pandemia de Covid-19. Para isso, são necessárias medidas para minimizar os efeitos econômicos causados pelo fechamento do comércio nesse período. Assim, queremos convocar toda a equipe econômica do governo para debater iniciativas que ajudem na geração de emprego e renda no Acre”, afirmou Magalhães.

Medidas econômicas adotadas pelo governo do Estado

Ricardo Brandão demonstrou aos deputados e dirigentes da classe empresarial que o governo já vem adotando medidas econômicas importantes. “Por orientação do governador Gladson Cameli, estamos pagando as verbas rescisórias deixadas pela gestão anterior. Também garantindo a manutenção regular da folha de pagamento do funcionalismo estadual, para proporcionar a circulação de dinheiro dentro do estado. Além disso, vamos antecipar a primeira parcela do décimo terceiro aos funcionários, no dia 15 de julho, para ajudar o nosso comércio”, afirmou.

Segundo Ricardo Brandão, outra postura do governo foi reduzir seus gastos internos em 30% para priorizar os investimentos em saúde, segurança e assistência social. “Vale lembrar ainda os investimentos na infraestrutura com o montante de R$ 400 milhões em obras que estão sendo licitadas neste ano. A estratégia do governo é fazer a retomada econômica com dinheiro em circulação. Nesse sentido, o governador Gladson Cameli esteve reunido com o ministro do Desenvolvimento Regional buscando a liberação de R$ 293 milhões pela Sudam, para investimentos prioritários em obras estruturantes. Fora isso, a universalização do sistema de água e esgoto representará um investimento de R$ 1,3 bilhão com a sua privatização”, salientou o secretário.

Mudança de paradigma

Aos participantes da audiência pública, Ricardo Brandão lembrou a situação econômica que o governador Gladson Cameli encontrou o Estado quando assumiu em 2019.

“Era um cenário econômico e financeiro desastroso, com uma dívida superior a R$ 400 milhões, que aos poucos o governo Gladson vem pagando. O nosso Estado vinha fechando os exercícios anuais com déficit e o esforço do nosso planejamento é justamente equilibrar as dívidas herdadas da gestão anterior. Prova disso é que pagamos a parcela atrasada do décimo terceiro deixada como herança”, avaliou Ricardo.

O titular da Seplag também adiantou que medidas devem ser adotadas pelo governo para dar incentivo fiscais e tributários às empresas. “Eu me comprometi a fazer uma reunião com o governador Gladson Cameli e a secretária de Fazenda para o Estado apresentar uma proposta. Mas acredito que estamos tomando medidas acertadas e vamos demonstrar isso tecnicamente. O nosso governo é parceiro dos empresários. Entendemos que neste momento é preciso união para que possamos vencer essa crise econômica causada pela ausência das atividades empresariais durante a pandemia de Covid-19”, finalizou.