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Família de acreana que morreu após parada respiratória no ES faz campanha para translado do corpo

Família de acreana que morreu após parada respiratória no ES faz campanha para translado do corpo

Sara Lima Cruz, mãe de uma criança de cinco anos, tinha 25 anos e morava em Vitória (ES) há dois meses. Por conta dos custos funerários e de translado do corpo, família busca arrecadar cerca de R$25 mil

Familiares e amigos da acreana Sara Lima Cruz, de 25 anos, estão fazendo uma campanha para o translado do corpo da jovem para o Acre. Ela morreu no último domingo (23) após sofrer uma parada respiratória em Vitória, no Espírito Santo.

Segundo a família de Sara, ela morava na capital do ES há dois meses e tinha um filho de cinco anos. No dia em que veio a óbito, a acreana estava com dificuldades para respirar, sendo necessário o uso de uma cadeira de plástico para conseguir tomar banho.

“Estava tudo bem pela manhã, servi o café da manhã, ela comeu, e por volta de 12h, quando foi tomar banho, me chamou, ela tomava banho sentada na cadeira de plástico, por causa do cansaço, ficava facilmente ofegante. Ela me chamou, me ajoelhei na frente dela, segurei a mão dela e fiz uma massagem nas costas, tentando acalmá-la, mas ela foi apagando, e começou a se contorcer e ficar roxa, nesse momento entrei em desespero, desci rapidamente as escadas, aos gritos pedindo para que alguém chamasse uma ambulância”, disse o namorado dela, Deilson Dias.

Na tentativa de socorrê-la, o autônomo, com quem Sara dividia o apartamento, abriu o portão do prédio para buscar ajuda e, então, conseguir tirá-la do banheiro. Ele então acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que teve que chamar o suporte avançado em razão da gravidade da acreana.

“Foram mais cinco minutos de espera, fizeram um atendimento de suporte mais avançado, com oxigênio e massagem cardíaca, mas sem sucesso. Em um intervalo de mais ou menos uns 20 minutos, mais uns 20 ou 30 minutos de atendimento médico e paramédico, Sara veio a falecer”, complementou.

Laudo

Inicialmente, a família acreditava na hipótese de ela ter morrido em razão das sequelas deixadas por um tratamento de pneumonia, já que o pulmão se encontrava fragilizado. Contudo, a necrópsia apontou para parada respiratória, desencadeada por um coágulo que interrompeu a passagem de ar para os pulmões de Sara.

Ainda segundo o laudo cadavérico, ela foi perdendo a oxigenação aos poucos, até ficar inconsciente e, posteriormente, morrer.

Por conta da distância, família e amigos decidiram se unir para buscar recursos que possam trazer o corpo de Sara para Rio Branco, onde reside toda a família. Contudo, os valores de gastos com funerária e translado chegam a R$25 mil.

“No Acre, as doações já ultrapassaram pouco mais de R$ 3 mil, mas ainda está longe do valor total necessário”, disse Caio Leandro, ex-marido da acreana com quem tem um filho.

O corpo de Sara ainda está no necrotério do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO/ES) e mesmo com o corpo já liberado, a família ainda não consegue realizar o translado por falta de recursos financeiros.