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Falcão encara primeira alagação como chefe da Defesa Civil de Rio Branco

Militar completará 30 anos acompanhando as cheias e combatendo queimadas no Estado

Desde 1991, há 30 anos portanto, o bombeiro militar Cláudio Falcão de Souza participa dos trabalhos de monitoramento e socorro nas alagações do Rio Acre. Em 2021, porém, o Major Cláudio Falcão, aos 50 anos, acompanha o sobe e desce das águas na condição de chefe da Defesa Civil do Município, nomeado pelo prefeito Tião Bocalom em 1º de janeiro. Uma de suas primeiras ações na missão foi antecipar-se ao transbordamento construindo boxes para abrigar as famílias que eventualmente forem desabrigadas neste ano.

Apesar da popularidade conquistada em sua atuação, o ex-porta-voz dos Bombeiros não conseguiu eleger-se vereador em 2020, mas seus 1.014 votos lhe garantiram a primeira suplência dos três progressistas que conseguiram vaga na Câmara de Rio Branco. “Eu decidi pela candidatura muito tarde, muita gente nem sabia que eu era candidato”, argumenta ele.

- A carreira do bombeiro militar do Acre pode ser contada pelo número de alagações e queimadas florestais. De quantos eventos destes o senhor participou?

O rio Acre é monitorado há 50 anos. Em todo este período, participei de pelo menos 23 grandes alagações, mas quatro delas foram classificada como de magnitude extraordinária: em 1988, 1997, 2012 e 2015. Eu só não estava presente em 1988. Desde 1991, portanto, eu estive atuando na linha de frente das alagações. No Corpo de Bombeiros eu acompanhava o comportamento dos rios das quatro bacias hidrográficas do Estado: Acre, Purus, Tarauacá/Envira e Juruá. Também tinha dados do rio Madeira e de rios do Peru e da Bolívia. Agora, como secretário municipal de Defesa Civil, acompanho todo o Rio Acre desde Assis Brasil até Porto Acre e seus principais afluentes: Xapuri, Riozinho do Rola e Espalha. Toda alteração nestes afluentes afeta o rio Acre na Capital. Em relação às queimadas, tivemos vários eventos críticos, mas a referência para todos eles é o ano de 2005. 

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- Além das queimadas e alagações o que mais preocupa a Defesa Civil de Rio Branco?

Nós também estamos monitorando pelo menos cinco edificações em nossa cidade que oferecem riscos. Um destes prédios é bem conhecido, fica de frente para a ponte de concreto, no centro. Todas eles, porém, são monitorados pela Defesa Civil com outros órgãos como o Crea, a Secretaria de Infra Estrutura e o Serviço Geológico do Brasil. 

-Como o senhor analisa sua campanha para vereador em 2020?

Embora eu seja bem conhecido pela atuação na Defesa Civil e no Corpo de Bombeiros, me candidatei muito tarde. Muitas pessoas nem ficaram sabendo. O meio de comunicação que mais alcança o eleitorado, que é a TV não tem espaço. Contudo, dentro de meu partido, eu fui o quarto mais votado. Foram três vereadores eleitos e eu fiquei na posição quarta. Sou o primeiro suplente de todos. Então, minha votação não foi suficiente para me eleger, mas dentro de uma pandemia acho que uma votação de 1014 votos é boa.