Após um desmoronamento de terra comprometer a estrutura da ETA II (Estação de Tratamento de Água) em Rio Branco, a operacionalidade do sistema foi suspensa na manhã dessa segunda-feira (1°). A região já enfrentou três situações de emergência devido ao movimento do solo, que comprometeu uma subestação e afetou uma nova estrutura.
A situação se agrava com a passarela que leva à torre, que já cedeu mais de um metro, e também com o desarenador, que apresenta uma deficiência significativa, resultando na perda de mais de 10% da água captada.
Com a estrutura pré-colapsada, há preocupações com o abastecimento de água para 62% da população de Rio Branco.
“Aqui está pré-colapsado. Então a gente tem que ter um certo cuidado, porque aqui ele bombeia água para 62% de Rio Branco. É muita água, mas a metade da cidade ficaria sem água se aqui houvesse colapso”, disse o diretor-presidente do Saerb, Enoque Pereira.
O desmoronamento também afetou o Ponto de Adução, responsável por conectar a bomba do rio à lagoa, levando ao seu deslocamento de mais de dois metros. A Prefeitura de Rio Branco, por meio do Saerb, está buscando soluções emergenciais, como desviar o desarenador temporariamente para evitar um colapso no sistema de abastecimento de água na capital.
Enquanto isso, considera-se a mudança da captação para a ETA I, uma área mais segura e estável. O diretor presidente do SAERB Enoque pereira informou que o prefeito anunciou a busca por recursos em Brasília para resolver definitivamente a situação e garantir o fornecimento contínuo de água para a cidade, mas por enquanto o trabalho é paliativo.
“Estamos antecipando tudo isso para que não tenhamos que parar Rio Branco por alguns dias. É uma maneira paliativa, que não vai resolver de um modo definitivo, mas de maneira que a gente consiga levar água para as casas dos rio-branquenses”, explicou Enoque.
A Defesa Civil do município esteve no local para avaliar a situação. O coordenador municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, alertou que a situação atual é grave e acredita que, se não forem tomadas medidas urgentes, o sistema poderá enfrentar uma paralisação prolongada.
“Aqui a situação é grave. Aqui há uma movimentação de massa em blocos, que movimenta toda a área. Com isso, tem prejuízo em relação ao Ponto de Adução e também com a captação de água, onde foi preciso suspender, inclusive. Houve um comprometimento de estrutura. Também da mesma maneira, nós estamos observando o outro ponto dos motores. E caso se agrave, vai ter um problema muito sério”.