Único dia em que choveu em julho foi no último domingo (17), com 00,6 milímetro, de acordo com a Defesa Civil Municipal de Rio Branco. Esperado para todo mês é 29,1 mm
Menos de 1 milímetro. Essa é a quantidade de chuva registrada em Rio Branco até esta terça-feira (19). O único dia do mês de julho em que choveu foi no último domingo (17), com 00,6 milímetro. A seca severa afeta o Rio Acre, que está abaixo de 2 metros, e a Defesa Civil Municipal iniciou o abastecimento de água a 2,9 mil famílias atingidas.
Conforme o órgão municipal, o esperado para todo mês de julho é 29,1 milímetros. Contudo, as previsões apontam dias sem chuvas significativas nas próximas semanas e, consequentemente, em agosto e setembro.
“Mesmo que tenha chuva nos próximos dias, são chuvas isoladas e não aquelas uniformes, então, não melhora o nível do rio, infelizmente. Consequentemente, continuamos sem as chuvas que são esperadas”, alertou o comandante da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão.
Falcão falou ainda que até abril a capital acreana tinha uma relativa quantidade de chuva que mantinha o nível do Rio Acre alto. A partir de maio, as chuvas ficaram abaixo da média.
Os dados mostram que:
- Maio - era esperado 102,8 mm e choveu 63,50 mm;
- Junho - era esperado 36,5 mm e choveu 71,30 mm;
- Julho - é esperado 29,1 mm e até esta terça (19) choveu 00,6 milímetro.
“Em junho tivemos um pouco mais do que era esperado, mas não foram chuvas significativas que dessem para, realmente, umidificar o solo, e em julho só domingo que choveu 00,6 milímetro, ou seja, quase nada. Com isso, a tendência é que não tenhamos chuvas no mês de julho e, consequentemente, não teremos em agosto e setembro, a não ser aqueles temporais”, relatou.
Abastecimento
Ao todo, 18 comunidades rurais e periurbanas que estão sendo atendidas, segundo informou o coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão. Em uma semana, foram mais de 700 mil litros de água.
Ainda de acordo com Falcão, o número pode aumentar, já que o nível do rio segue baixando e chegou à cota de 1,88 metro nesta terça.
“Com isso vem uma série de consequências e já atendemos na semana passada, 2,9 mil famílias que não são atendidas uma única vez, elas são atendidas duas vezes por semana. E, a partir de agora, tem muitas comunidades nos procurando e esse número pode aumentar”, informou.
Devido aos balseiros que vão se acumulando nos pilares da ponte Juscelino Kubitschek, conhecida como ponte metálica, quando o nível do rui começa a baixar, o Departamento Estadual de Estradas e Rodagens (Deracre) fez um trabalho de limpeza no local para a remoção dos entulhos que vão se acumulando ao longo do período de cheia, nesta terça.