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Estelionato cresce 28,3% no Acre em um ano e golpes eletrônicos disparam, revela Anuário

Estelionato cresce 28,3% no Acre em um ano e golpes eletrônicos disparam, revela Anuário

De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, foram mais de 470 casos por mês ou 15 golpes por dia no Acre

O número de estelionatos no Acre teve um aumento de 28,3% em um ano, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na quinta-feira (20). Segundo a pesquisa, foram 5.643 casos em 2022 e, enquanto que em 2021 os registros chegaram a 4.357.

  • Foram 1.286 casos a mais em um ano;
  • Mais de 470 casos de golpes por mês;
  • 15,5 casos por dia.

A estatística coloca o Acre no 16º lugar no ranking dos estados com as maiores taxas de estelionato por 100 mil habitantes (679,9). Já considerando os números absolutos, o estado acreano teve o segundo menor registro de crimes de estelionato do país, ficando atrás somente de Roraima, que teve 5.209 casos.

Golpes eletrônicos dispararam

Além do estelionato comum, o Acre registrou um aumento ainda mais expressivo em relação ao crime cometido por meio eletrônico. Segundo a pesquisa, essa alta nos casos é fruto da pandemia de Covid-19.

Em 2021, houve 50 registros desses crimes na internet e em 2022 o número subiu para 153. O que representa um aumento de 203%.

O estudo aponta que em 2021 foram 6,1 estelionatos por meio eletrônico a cada 100 mil habitantes no estado acreano. No ano seguinte, foram 18,4.

Alguns dos casos

Um dos casos desse crime no ano passado foi de uma mulher que causou um prejuízo de quase R$ 7 mil em uma empresária de Rio Branco aplicando golpe do PIX. Ela foi presa em julho de 2022 no bairro Tancredo Neves quando recebia as compras que tinha pedido após aplicar o golpe.

Nesse caso, a golpista fazia o pedido de compra por aplicativo de mensagem e mandava um comprovante de pagamento falso e a loja enviava os produtos para a casa dela.

Outro caso foi de uma quadrilha que estava aplicando o chamado “golpe das panelas” no estado. Segundo a polícia informou na época, o grupo costumava ficar, principalmente, em estacionamentos de lojas e também como ambulantes. A quadrilha oferecia panelas de marca por um preço bem atrativo, mas as vítimas levam para casa uma mercadoria falsificada e ainda tinham o cartão de crédito clonado.

Também no mês de julho do ano passado, mais de 50 pessoas procuraram uma delegacia de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, afirmando que caíram em golpe de venda falsa de Iphone. Elas denunciaram que fizeram o pagamento da suposta compra, mas nunca receberam o telefone e nem tiveram o dinheiro de volta. O aparelho era anunciado nas redes sociais com valores entre R$ 4 mil a R$ 5 mil, o cliente fazia o pagamento de parte do valor e a mulher dizia que faria a encomenda do telefone.

Em setembro, uma mulher de 36 anos foi presa pela Polícia Civil suspeita de praticar vários golpes, que somados chegam a mais de R$ 60 mil, em Rio Branco. Mais de dez pessoas procuraram a polícia para denunciar a suspeita.