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Escritoras acreanas lançam antologia literária em Brasília e celebram a força da escrita feminina

Escritoras acreanas lançam antologia literária em Brasília e celebram a força da escrita feminina

Na última quarta-feira (12), escritoras acreanas ganharam destaque no cenário literário nacional com o lançamento da antologia Letras de Mulher em Brasília. O evento, realizado no Pontão do Lago Sul, reuniu jornalistas, escritores, autoridades e amantes da literatura para celebrar uma obra que transcende gêneros e estilos, trazendo a força da escrita feminina para o centro das atenções.

Publicada pela Editora EME Amazônia, a antologia reúne 37 mulheres de diferentes regiões do Brasil, conectadas pelo amor à palavra e pela vontade de compartilhar histórias que ecoam experiências, sentimentos e reflexões. Entre poesia, prosa, versos e crônicas, Letras de Mulher vai além da literatura: é um mosaico de vivências, um registro da força feminina que se expressa por meio da escrita.

Presença acreana e apoio à cultura

O lançamento contou com a presença do governador do Acre, Gladson Cameli, que estava em agenda oficial em Brasília e fez questão de prestigiar o evento. Em sua fala, destacou a importância da literatura como instrumento de cultura e identidade, além de ressaltar o talento das autoras acreanas.

O senador Sérgio Petecão também marcou presença e surpreendeu ao revelar sua faceta poética, declamando uma de suas composições ao estilo Manoel de Barros.

Entre os convidados ilustres, estavam o advogado Marcus Vinícius Jardim, ex-ministro do CNJ e ex-presidente da OAB no Acre, e o maestro Mário Brasil, que se somaram à celebração dessa conquista literária.

Uma obra que dá voz às mulheres

A presidente da AJEB no Acre, jornalista Socorro Camelo, destacou que Letras de Mulher não é apenas um livro, mas um testemunho coletivo de histórias, emoções e superações. “Nossa literatura é um ato de resistência, de transformação e de conexão”, afirmou.

O lançamento da antologia em março reforçou o simbolismo do Mês da Mulher. Como destacou Socorro Camelo, escrever é uma forma de marcar a própria existência e abrir caminhos para outras mulheres. “Quando uma mulher escreve, ela se inscreve no tempo, deixando sua marca e ampliando vozes”, pontuou a jornalista.

A vice-presidente da AJEB Acre, Edir Marques, emocionou o público com a declamação de sua poesia A Força da Mulher, uma homenagem ao protagonismo feminino. Também participaram as escritoras Elisângela Pontes, Jainaina Diniz, Deise Torres e Francis Mary, que compartilharam trechos de seus textos, permitindo ao público mergulhar na riqueza da obra.

Poesia e música: uma união perfeita

Além da literatura, a música também foi protagonista na noite. O músico Edmilson Mapinguari, diretamente de Xapuri, trouxe a alma da música raiz, encantando o público com suas canções autênticas e profundas. Sua apresentação reforçou a conexão entre a poesia e a melodia, tornando o evento ainda mais marcante.

Com um cenário deslumbrante à beira do lago, o Pontão do Lago Sul foi o cenário ideal para essa celebração da arte e da escrita.

Publicada pela Editora EME Amazônia, a obra segue sua jornada, levando consigo as vozes de 37 mulheres de todo o Brasil, compartilhando histórias de vida, sonhos e experiências que ressoam no coração de quem lê.

A antologia

Em prosa ou poesia, 37 mulheres participaram da primeira antologia da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil - AJEB – Coordenadoria Acre, que extrapolou o grupo das associadas, incluindo mulheres da Academia Acreana de Letras e da AJEB dos estados do Ceará, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro, abrangendo os mais diversos estilos e gêneros literários.

Textos que passeiam pelo místico; pelo subjetivo ou por confissões de momentos marcantes de vidas; textos que dançam no registro de personalidades femininas, ao falar de mulheres da floresta; na exposição de sentimentos os mais variados do dito sexo frágil que nega esta fragilidade e torna visível sua alma num grito de dores e de denúncias como está dito em alguns poemas lá publicados.

De poesias líricas a belos ensaios biográfico; de textos poéticos a narrativas pessoais , as mulheres que escrevem nesta primeira antologia vão tecendo um mosaico de temas e de formas peculiares que enriquecem a literatura acreana e brasileira.

Mulheres fortes, guerreiras, mulheres que falam de seus medos com coragem, mulheres que contam histórias e sonhos, que avaliam, que opinam; mulheres que surpreendem pelo domínio do saber.

Mulheres de todas as nuances e de todas as idades, desde uma jovem de 17 anos, que ja conhece a realidade de um amor conflituoso, a uma octogenária, que, mesmo com a experiência e maturidade adquirida ao longo dos anos, recorda, com ternura, de seu amor ingênuo.

Mulheres que valorizam o cotidiano da vida doméstica, em que reconhecem, no sentar-se à mesa com familiares, a riqueza desse momento de comunhão, de partilha, de carinho.

Mulheres que expõem suas eternas saudades, que superam suas desilusões e dores, com resiliência e coragem e que são vitoriosas na vida.