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Escolas usadas como abrigos por famílias afetadas pela cheia começam a ser desocupadas para volta às aulas

Escolas usadas como abrigos por famílias afetadas pela cheia começam a ser desocupadas para volta às aulas

Equipes do Corpo de Bombeiros ajudam na desocupação das escolas que começou nesta segunda-feira (10). Dos 25 colégios estaduais usados como abrigo, 16 já foram desocupados

Após o anúncio de que as escolas da rede pública do Acre vão retornar as aulas a partir do dia 17, as instituições começaram a ser desocupadas pelas famílias desabrigadas pela enchente do Rio Acre nesta segunda-feira (10) para serem preparadas e receberem os alunos.

Segundo a medição feita às 18h desta segunda-feira (11), o Rio Acre marcou 13,22 metros. Ainda no início do dia, o manancial saiu da cota de alerta, que é de 13,50 metros.

A data de retorno das aulas é válida para as escolas de todos os municípios atingidos por enchentes e que haviam entrado na lista de suspensão das aulas.

Da rede pública estadual, 25 escolas foram usadas para abrigar as famílias. Destas, 16 já foram desocupadas. Equipes do Corpo de Bombeiros ajudam na retirada das pessoas.

O coordenador da Casa Civil e responsável pela desmobilização dos abrigos montados pelo Estado, Ítalo Medeiros, disse que essas escolas estavam abrigando famílias atingidas pela cheia do Rio Acre e também pela enxurrada dos igarapés na capital no último dia 23.

Segundo ele, pelo menos três famílias que estavam nessas escolas não retornaram para suas casas e foram levadas para o Parque de Exposições Wildy Viana. Entre 30 a 40 famílias estão no auxílio moradia da prefeitura.

“Alguma casa que não tem segurança, a Defesa Civil do Estado está fazendo vistoria acompanhada de engenheiros da Seop. Se a casa tem condições de moradia, eles retornam. Se não, vão para o auxílio moradia. É gente que a enxurrada levou a casa, que a água afetou”, destacou.

Medeiros falou que o trabalho de desocupação precisa ser rápido porque algumas escolas necessitam de reparos, pinturas ou outros cuidados. “Os professores têm que se reorganizar. É todo um processo em relação a isso. O governo está entregando para essas famílias um kit de limpeza, de higiene pessoal e um sacolão para que as pessoa voltem à vida normal”, frisou.

As aulas do ano letivo 2023 iniciaram no dia 13 de março para mais de 35 estudantes do ensino médio. A previsão era de que no dia 20, estudantes do ensino fundamental começassem o ano letivo 2023 e em abril, os alunos de escolas em áreas de difícil acesso.

Por conta da enchente, a Secretaria Estadual de Educação suspendeu as aulas nas escolas públicas estaduais da capital no dia 24 de março.

retorno 002 webRetirada das famílias das escolas começou nesta segunda-feira (10) — Fotos: Pedro Devani/Secom

Escolas municipais

As equipes do município também deram início na desocupação dos colégios e estão levando as famílias para o abrigo montado no Parque de Exposições Wildy Viana, no Segundo Distrito de Rio Branco. São, ao todo, 10 escolas usadas como abrigo e os desabrigados já saíram de uma delas nesta segunda.

O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, disse que estão concentrados todas as famílias atendidas pelo município no parque. “Não conseguimos retirar todas as escolas porque têm duas ou três famílias que não têm para onde retornar. Estaremos providenciando uma maneira de desocupar a escola. Esperamos até quarta [12] ou quinta-feira [13] retirar todas as famílias, reiterar o sistema de educação e reiniciar o ano letivo”, explicou.

No dia 20 de março, foram iniciadas as aulas da rede municipal da capital acreana. Quatro dias depois, a Secretaria de Educação Municipal também suspendeu as aulas nas escolas.

Assim como na rede estadual, as aulas nas escolas do município foram suspensas no dia 24 de março.