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Em pouco mais de 20 dias, bombeiros atendem 142 ocorrências de queimadas em Rio Branco

Queimadas começam a preocupar órgãos ambientais por conta da pandemia de Covid-19. Incêndios são registrados em vegetações e terrenos baldios

Todos os anos o Acre sofre com as queimadas, principalmente nos meses em que se aproxima o período de seca. Um levantamento do Corpo de Bombeiros do Acre mostra que de 1º a 22 de março foram registrados 142 incêndios em vegetações e terrenos baldios da capital.

O aumento é de 65% se compararmos com o mesmo período do ano passado, quando foram 86 registros de incêndio. Em todo o estado, os bombeiros informaram que atenderam 177 ocorrências.

Este ano, as queimadas vêm com uma preocupação a mais: a pandemia de Covid-19. O novo coronavírus ataca o sistema respiratório e o major do Corpo de Bombeiros Cláudio Falcão diz que isso pode ser um agravante para casos de atendimentos e internações por conta das queimadas.

“O município que mais queima é Rio Branco, por ter uma população maior, mais bairros e o maior número de pessoas inconsequentes também. Então, nós alertamos, pedimos que a população colabore, porque, se em anos anteriores a queima sempre foi muito ruim, levando centenas de pessoas para atendimento hospitalar com relação à parte respiratória, neste ano é muito pior, porque temos a Covid-19 que atinge fatalmente o aparelho respiratório das pessoas acometidas pelos vírus”, pontua.

O major diz que os órgãos ambientais, juntamente com os bombeiros, que fazem o combate a essas ocorrências, têm se reunido com para traçar estratégias para que nos períodos as pessoas evitem queimar.

“Devemos lembrar que estamos ainda no período de chuvas e esse número já está maior do que no ano passado, então, precisamos tomar providências sérias para que não haja o aumento, mas a diminuição dos incêndios ambientais para que não prejudique ainda mais a saúde da comunidade”, enfatiza.

O meses mais críticos, quando disparam o número de queimadas, são julho, agosto e setembro. A ideia é conscientizar e mostrar para a população as consequências dos incêndios, principalmente, em um ano em que todo o Brasil sofre com a pandemia.