Equipes do Dnit fazem trabalhos paliativos para conter erosão na cabeceira da ponte. Obras de ampliação iniciam no final do mês
A ponte sobre o Rio Tarauacá, no interior do Acre, que liga a região do Vale do Juruá ao restante do estado, sofre mais uma vez com deslizamentos de terra. Após a enchente de fevereiro, quando mais de 2,7 mil pessoas foram afetadas, a cabeceira da estrutura passou a ser afetada por uma erosão causada pelas fortes chuvas.
As equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) iniciaram, na última semana, o trabalho de contenção. O superintendente do Dnit, Ricardo Araújo, explicou que a área é monitorada para evitar acidentes e danos.
“Essa erosão começou da cheia que teve, foi no final de fevereiro e início de março. A gente já vinha colocando material dentro dela, tínhamos consertado umas três vezes e agora estamos usando ferro, pedra e jogando asfalto para estabilizar aquela área”, ressaltou.
Em 2020, após uma cratera se abrir, a ponte na entrada de Tarauacá ficou vários meses parcialmente interditada e os moradores de Tarauacá temiam ficar isolados ou que ocorresse um acidente grave devido à cratera.
Na época, o Dnit já planejava uma obra para aumentar a extensão da ponte em 70 metros e a previsão de conclusão do projeto era de um mês. Ainda segundo Araújo, já foi contratada uma empresa para seguir com a obra de ampliação da ponte e a expectativa é de que até o final de abril comecem os serviços. A previsão é que a obra seja concluída em dezembro.
“O prolongamento da ponte começa agora dia 22 [de abril] e estamos fazendo o monitoramento. Vamos fazer a implementação dessa obra, fazer um caminho de acesso para não interromper o trânsito em nenhum momento e já estamos trabalhando nessa erosão que teve”, destacou.
Susto
Um vídeo enviado para a Rede Amazônica Acre, o morador Fran Amauacas mostra a situação da cabeceira da ponte com várias rachaduras. Nas imagens ele afirma que é possível ouvir os estalos embaixo da ponte.
“Está fazendo pressão nos ferros que colocaram aqui. Dá para a gente ouvir os ferros estalando, quando passa que balança o aterro cai. Meu Deus do céu, está muito perigoso isso aqui”, alertou.