Mesmo com chuvas no início de setembro, nível do Rio Acre segue preocupante, e previsão é de que só chova no próximo domingo (10). Defesa Civil diz que operação de abastecimento em bairros atingidos pela seca está sendo ampliada
O nível do Rio Acre no início de setembro apresentou uma melhora, com aumento de 11 centímetros entre o dia 1º e esta quarta-feira (6), segundo monitoramento da Defesa Civil de Rio Branco. No período, as águas saíram de 1,47 metro para 1,58 metro. O coordenador da Defesa Civil da capital acreana, coronel Cláudio Falcão ressalta que o mês iniciou com chuvas na capital, mas que a leve melhora no nível do rio foi impulsionada por chuvas nas cabeceiras no interior.
A previsão, segundo Falcão, é que só volte a chover em Rio Branco no próximo domingo (10).
“O que nós esperamos que chova nos meses de setembro é uma média que nós temos é de 91 milímetros. Nós tivemos chuvas em três dias de setembro, que já era a previsão nossa, no dia dois e no dia três. Então, a gente teve essas chuvas e agora nós só temos previsão de chuva de novo para domingo [10]. Vamos ficar esses dias todos sem chuva, do dia 3 até o dia 10, são sete dias. E isso vai refletir, como está refletindo, no nível do rio. E o rio ainda está conseguindo porque choveu bastante nas cabeceiras, e essa água passa por aqui”, explica o coordenador.
Esse pequeno aumento no nível não é o bastante para amenizar a estiagem, que continua provocando desabastecimento principalmente na zona rural. Além disso, Falcão ressalta que as temperaturas seguem altas, e que a velocidade dos ventos não deve ultrapassar os quatro quilômetros.
Com esse cenário, o coordenador afirma que a Operação Estiagem, lançada para abastecer as regiões mais atingidas pela seca, está sendo ampliada. Além disso, a Defesa Civil e a prefeitura de Rio Branco devem decretar situação de emergência por conta da estiagem. A data ainda não foi definida.
“Nós estamos com a operação, e não apenas com a operação, mas também ampliando. Estamos ampliando no quilômetro 48 da Transacreana, no Ramal do Alberto, onde tem mais famílias desabastecidas. Para que a gente amplie mais ainda essa situação, e de outras consequências, inclusive abastecimento urbano, a prefeitura e a Defesa Civil já estão planejadas para fazer a decretação de situação de emergência por estiagem”, acrescenta.