..::data e hora::.. 00:00:00

Geral

Em greve, servidores dos Correios protestam e fecham agência do Centro em Rio Branco

Greve foi deflagrada no último dia 17 de agosto em todo país e servidores fazem ato nesta segunda-feira (24)

Em greve há uma semana, os servidores dos Correios protestam, na manhã desta segunda-feira (24), e fecharam a agência do Centro de Rio Branco, localizada na Avenida Epaminondas Jácome. O portão da entrada de carros também foi fechado. A Polícia Militar foi acionada e acompanha a paralisação.

“A greve continua e fechamos a agência do Centro em protesto, porque é onde entram os lucros, a empresa está lucrando e, infelizmente, eles reduziram nossa sentença normativa que tinha validade de dois anos. Então, em todo o país, vamos continuar na luta e não vamos aceitar isso”, disse a presidente do Sindicato dos Correios e Telégrafos do Acre (Sintec-AC), Suzy Cristiny.

Em greve por tempo indeterminado desde a noite do último da 17, os servidores fizeram uma carreata pelo Centro de Rio Branco para pedir melhorias de trabalho e contra a privatização da empresa no dia 18 e fazem novo ato nesta segunda.

Suzy disse que o fechamento da agência ocorreu por volta das 9 horas desta segunda e os servidores que estão trabalhando ainda entraram, mas quem chegou para receber atendimento, depois desse horário não pode mais entrar. A Polícia Militar foi acionada e acompanha o protesto dos servidores.

“Eles entraram [servidores que estão trabalhando], fechamos agora às 9 horas. Vamos ficar por tempo indeterminado. Vamos continuar aqui na mobilização”, acrescentou Suzy.

A assessoria de comunicação dos Correios informou que tinha tomado conhecimento da situação há pouco tempo e que a segurança da empresa estava se inteirando da situação para tomar as medidas necessárias. A empresa disse que mais informações só seriam repassadas em nota.

No última semana, em nota, os Correios afirmaram que já colocaram em prática o Plano de Continuidade de Negócios para reduzir os impactos da greve no atendimento à população, remanejou servidores administrativos para ajudar na operação e faz mutirões para garantir a continuidade dos serviços.

Ainda segundo a empresa, nenhum direito dos trabalhadores foi retirado, mas alguns que extrapolavam a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foram readequados.

greve1 webEm greve há uma semana, os servidores dos Correios protestam na manhã desta segunda-feira (24) — Fotos: Divulgação/Sintect-AC

Greve

Seguindo o movimento nacional, o servidores dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado na última semana. O protesto para esta segunda já estava prevista desde a última semana. Os servidores ainda aguardam para negociar com a empresa.

A presidente Sintec-AC disse que a greve é contra a privatização da estatal e os servidores também pedem que os direitos relacionados à saúde dos trabalhadores durante a pandemia sejam garantidos.

“Nós temos dois motivos principais por essa greve. Primeiro é contra o sucateamento que vem ocorrendo na empresa que visa a extinção do Correios nacional brasileiro. O segundo é que nós temos uma sentença normativa que foi decidida pelo TST que teria uma vigência de dois anos e a empresa desde o dia primeiro de agosto cortou o direito dos trabalhadores”, disse.

A presidente explicou que durante esse período os servidores têm trabalhado o dobro, porque os serviços aumentaram, em contrapartida eles perderam direitos trabalhistas com a revogação do atual Acordo Coletivo que estará em vigência até 2021.

Suzy havia dito que devido o período de pandemia, os servidores não fariam paralisação em frente ao prédio da empresa, fizeram a carreata, como atividade do primeiro dia de greve.

A presidente do sindicato afirmou ainda que estão sendo mantidos os 30% dos servidores em atendimento como determina a lei.

Suzy acrescentou que sabe que a greve é prejudicial aos clientes da empresa e eles merecem receber as correspondências em dia, mas defende que é um movimento de denúncia para que os servidores tenham condições de trabalhar e ter uma empresa pública de qualidade.