Nesta terça-feira, 25 de maio, é celebrado o Dia da Indústria. Mas o setor industrial acreano teria algo a comemorar em meio a tantas dificuldades provocadas pela continuidade da pandemia por mais um ano? Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), José Adriano, a resposta é sim.
“Tivemos perdas irreparáveis e muito dolorosas de familiares, amigos e lideranças empresariais. Algumas indústrias não resistiram à crise econômica e fecharam as portas. É um momento bastante complicado, porém, não temos deixado de acreditar em dias melhores. As dificuldades são as mais diversas, mas temos conseguido avançar em demandas importantes para a indústria e para o setor produtivo local”, destaca o empresário.
Conclusão da Ponte do Madeira, obra estratégica defendida pela FIEAC, traz novo ânimo à indústria e à toda sociedade acreana - Foto/Sérgio Vale
José Adriano ressalta, por exemplo, que a conclusão da Ponte do Madeira é uma das pautas estratégicas que foram destravadas depois de longos anos e que traz novo ânimo à indústria e à toda sociedade acreana. “É uma obra que tem um significado extremamente estratégico e nos dá esperança de que o desenvolvimento do estado esteja no caminho certo. Acompanhamos e reivindicamos bastante essa ponte e hoje temos a satisfação de ver concretizada nossa integração terrestre com o restante do país”, sintetiza o presidente da FIEAC.
O movimento “Reage, Indústria”, liderado pela FIEAC e apoiado por sindicatos industriais, também contabiliza avanços importantes. Um deles é a revitalização do Parque e do Distrito Industrial de Rio Branco. “Somos gratos ao poder público por atender essa demanda que resgata a autoestima de empresários da capital e estamos trabalhando para que isso ocorra também em Cruzeiro do Sul e em outros municípios do estado”, salienta José Adriano.
O empresário destaca que o avanço de propostas que vão ao encontro das necessidades do setor industrial está relacionado, entre outras coisas, ao diálogo permanente que a atual Diretoria da FIEAC mantém com os representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. “Esse respeito e proximidade com as instituições e autoridades, independentemente de qualquer ideologia, é essencial. Temos nos esforçado para fazer nossa parte, defender os interesses da indústria e contribuir com o desenvolvimento nosso estado”, enfatiza o presidente da Federação das Indústrias.
“É um momento bastante complicado, porém, não temos deixado de acreditar em dias melhores”, ressalta o presidente da FIEAC, José Adriano - Foto/Assessoria FIEAC
RESPONSABILIDADE SOCIAL – Desde o início da pandemia, em março de 2020, a FIEAC se prontificou em contribuir com a sociedade acreana diante de tantas dificuldades. De imediato, os colaboradores do Sistema confeccionaram máscaras que foram distribuídas aos trabalhadores da indústria, juntamente com álcool em gel e outros produtos de proteção individual.
Já no início deste ano, além do agravamento da pandemia, a população acreana foi castigada por enchentes históricas, surto de dengue e uma crise migratória na região de Assis Brasil, na fronteira com o Peru. Sensibilizada com a situação de caos, a FIEAC, sindicatos industriais e o grupo Mulheres da Indústria, coordenado pela empresária Raimunda Holanda, realizaram a campanha “Indústria Solidária”, que teve apoio também do SESI Nacional e de federações de outros estados.
“Houve uma belíssima mobilização que resultou em doações de cestas básicas, kits de limpeza e higiene pessoal, colchões, madeiras para reconstrução de casas das famílias que foram fortemente afetadas pelas enchentes. Tivemos o apoio de outras federações, sensibilizadas pelo presidente Adriano, e mostramos mais uma vez a nossa preocupação com a responsabilidade social e nosso compromisso com a população acreana”, ressalta o vice-presidente da FIEAC, João Paulo Pereira, coordenador da campanha Indústria Solidária.
Só para se ter uma dimensão da grande da mobilização feita pela campanha Indústria Solidária, além do apoio obtido junto aos empresários e sindicatos patronais locais, a iniciativa recebeu, das federações das Indústrias da Bahia (FIEB), Rondônia (FIERO), Mato Grosso do Sul (FIEMS), Goiás (FIEG), Rio Grande do Norte (FIERN) e do Departamento Nacional do SESI, um montante de quase R$ 500 mil. Todo o valor foi revertido em prol das famílias atingidas pelas enchentes no Acre.
Revitalização do Parque Industrial de Rio Branco é uma importante conquista do movimento ‘Reage, Indústria’ - Foto/Cedida
João Paulo Pereira, vice-presidente da FIEAC, coordenou a campanha Indústria Solidária - Foto/Assessoria FIEAC
