Distribuição de água está comprometido em regiões do Segundo Distrito, do Calafate, do Residencial Alphaville, entre outras
A população de Rio Branco volta a sofrer com a falta de água. A captação está reduzida na Estação de Tratamento de Água II (ETA II) por conta de um desmoronamento de terra que compromete a estrutura. Com isso, a distribuição de água também está prejudicada.
Há quase um mês os moradores da capital enfrentaram problemas com o abastecimento de água. Em março, por conta da cheia do Rio Acre, a distribuição de água também foi reduzida e até suspensa porque as estações I e II apresentaram problemas.
As equipes do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) conseguiram concluir a manutenção e restabelecer a captação e distribuição há cerca de três semanas.
Esta semana, novamente, a ETA II voltou a apresentar problemas estruturais. A região da estação já enfrentou três situações de emergência devido ao movimento do solo, que comprometeu uma subestação e afetou uma nova estrutura.
O diretor-presidente do Saerb, Enoque Pereira, explicou que solo da ETA II é instável e, inclusive, a estrutura já foi retirada do local por conta disso. Com a estrutura comprometida, o diretor alertou que a captação de água está em pré-colapso.
O abastecimento foi paralisado às 9h dessa segunda-feira (1) e a expectativa é normalizar nesta terça (2). Com a estrutura pré-colapsada, há preocupações com o abastecimento de água para 62% da população de Rio Branco. “A ETA I está preservada, produção normal. A ETA II. que produz mil litros, zerou. Estamos fazendo um paliativo, não garante a instabilidade do sistema e estamos tentando, de alguma forma, recurso imediato. Recebemos uma estrutura precária do estado”, ressaltou.
O presidente citou algumas regiões que tiveram o abastecimento comprometido:
- Segundo Distrito
- Parte do Calafate
- Residencial Alphaville
As demais regionais são abastecidas pela ETA I. A situação na ETA II se agrava por conta da passarela que leva a torre, que já cedeu mais de um metro e causou a parda de mais de 10% da água captada.
O diretor destacou que o desmoronamento também afetou o ponto de adução, responsável por conectar a bomba do rio à lagoa, levando o deslocamento de mais de dois metros. As equipes buscam soluções emergenciais, entre elas é a mudança da captação para a ETA I, uma área mais segura e estável.
“Precisamos fazer essa mudança, mas é muito cara, estamos tentando alinhar lá em Brasília algum recurso e vai ser decretado, infelizmente, estado de situação de emergência. Essa vai ser a quarta vez, só na captação o Estado decretou duas vezes e o município um. Como não foi resolvido lá atrás, agora vai ser”, disse.
Avaliação da Defesa
Na manhã desta terça-feira (2), o coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, esteve na ETA II para uma avaliação na estrutura.
O coordenador destacou que houve uma vazão muito rápida do nível do Rio Acre. Em menos de um mês, as águas baixaram de 17,89 metros, maior cota registrada este ano, para 4,48 metros nesta terça. O rio baixou mais de 13 metros neste período.
“Com isso arrastou, evidentemente, o solo aqui. Nessa mesma data ano passado o rio estava com mais de 17 metros. Mostra que precisamos buscar soluções viáveis para poder fazer o abastecimento de água para Rio Branco”, argumentou.