Ministério da Fazenda informou que 2,7 mil pessoas já foram beneficiadas pelo programa no estado acreano
O programa Desenrola, do governo federal, já possibilitou a renegociação de mais de R$ 2,1 milhões em dívidas de 2,7 milhões de pessoas no Acre. Os dados são do Censo Nacional do Programa Desenrola Brasil, divulgados nessa quarta-feira (6), pelo Ministério da Fazenda.
A Fase 2 do programa, aberta em outubro, envolvendo a renegociação de dívidas bancárias e não bancárias (como contas de luz, água, varejo e educação), contou com descontos de até 98,6% do valor originalmente devido.
Conforme o Ministério da Fazenda, o valor original da dívida dos consumidores no Acre era de mais de R$ 12,7 milhões. Ao todo, foram 6.254 contratos negociados, totalizando o valor de R$ 2.117.066 em negociações.
O Censo mostrou também que do total da renegociação no Acre, R$ 486.244 foi com pagamentos à vista e R$ 1.630.823 pela opção de pagamento parcelado.
A média de tempo para concluir a renegociação é de 4 minutos e 8 segundos. Esses dados são referentes à segunda fase do programa.
Ampliação do programa
De acordo com Marcos Barbosa Pinto, secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, o governo federal quer estender o programa, que termina no fim deste ano, por mais três meses, até março de 2024.
“A população está interessada em renegociar suas dívidas. A gente ainda tem uma grande oportunidade pela frente. O número de pessoas que ainda não visitaram plataforma, e tem benefícios lá, ainda é muito grande”, disse o secretário Marcos Pinto.
Segundo o Ministério da Fazenda, será necessário manter o cadastro da conta gov.br para poder continuar renegociando as dívidas, após as mudanças que serão propostas. Só que, ao invés de ser exigido os níveis “prata” ou “ouro”, será solicitado apenas o nível “bronze”.
Essa será uma das alterações propostas por meio de Medida Provisória, junto com a extensão do prazo por mais três meses, até março de 2024.
Segundo o secretário, a equipe econômica vai trabalhar junto com os bancos, e com a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), para manter a segurança nas renegociações.
Ele também informou que a equipe econômica pretende manter a plataforma de renegociação disponível de forma permanente mesmo após o fim do programa Desenrola. O objetivo é facilitar as renegociações entre credores e devedores no futuro.
Após o fim do Desenrola, entretanto, não haverá mais limite para a taxa de juros nas renegociações e nem um fundo garantidor - que assegure eventual inadimplência que venha a acontecer nesses financiamentos.