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Desemprego sobe para 16,8% no 1º trimestre e atinge 61 mil acreanos, aponta IBGE

É a terceira maior taxa e o segundo maior contingente de desocupados já registrado pela série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Número de subutilizados chegou a 171 mil pessoas

Em meio à pandemia, o desemprego no Acre atingiu a taxa de 16,8% no 1º trimestre de 2021, segundo divulgou nessa quinta-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de desempregados chegou a 61 mil pessoas.

“É a terceira maior taxa e o segundo maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012”, informou o IBGE.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). O resultado representa uma alta de 10,9%, ou mais de 6 mil pessoas na fila por uma vaga de trabalho no país, na comparação com 4º trimestre de 2020. Em 1 ano, 15 mil de pessoas entraram nas estatísticas do desemprego.

Falta trabalho para 171 mil pessoas

O contingente de pessoas subutilizadas no Acre chegou a 171 mil, com aumento de 12,7% (mais 19 mil de pessoas) frente ao trimestre móvel anterior e de 20,2% (mais 5,6 milhões) na comparação anual. Já em relação ao mesmo trimestre de 2020, o número ampliou de 30% (mais 40 mil pessoas subutilizadas).

O contingente classificado pelo IBGE como trabalhadores subutilizados reúne, além dos desempregados, os desalentados, aqueles que estão subocupados (trabalham menos de 40 horas semanais), e os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos.

A taxa composta de subutilização (38,2%) subiu 3,0 pontos percentuais em relação ao trimestre móvel anterior (35,2%) e aumentou 6,1 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2010 (32,1%).

Menos 2 mil empregados

Com relação à população ocupada, o número caiu 0,5%, ou menos 2 mil pessoas em relação ao trimestre anterior. No 1º trimestre deste ano 301 mil pessoas estavam ocupadas. O número é 2,7% maior frente ao mesmo trimestre de 2020, quando eram 293 mil pessoas.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, estimado em 70 mil pessoas, cresceu 5,6% (mais de 4 mil pessoas) frente ao trimestre anterior (66 mil). Já no confronto com o trimestre de janeiro a março de 2020, o contingente caiu 10,2%.

O número de trabalhadores por conta própria (94 mil pessoas) diminuiu 4,3% (menos 4 mil pessoas) frente ao trimestre móvel anterior. Já em relação ao mesmo período de 2020 houve uma redução de 2,7% (menos 3 mil pessoas).

A taxa de informalidade chegou a 46,5% da população ocupada (ou 140 mil trabalhadores informais). Os informais são os trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores sem remuneração. No trimestre anterior, ficou igual, taxa foi 46,5% e, no mesmo trimestre de 2020, 51,8%.

Rendimento médio

O rendimento médio real habitual (R$ 2.010) no trimestre terminado em março caiu 1,9% frente ao trimestre anterior e cresceu 2,7% em relação ao mesmo trimestre de 2020.

A massa de rendimento real habitual, que é a soma de todos os rendimentos dos trabalhadores, atingiu R$ 594 milhões, teve queda de 2,0% frente ao trimestre anterior (R$ 606 milhões) e aumentou 8,6% (mais de R$ 47 milhões) contra o mesmo trimestre de 2020 (R$ 547 milhões).

O número de empregadores (9 mil pessoas) ficou estável em comparação ao trimestre móvel anterior. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, continuou imóvel (9 mil pessoas).

O mesmo aconteceu com o número de trabalhadores domésticos (16 mil), que ficou imóvel no confronto com o trimestre anterior e caiu 12,1% frente ao mesmo período do ano anterior (menos 2 mil pessoas).

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 43,8% no trimestre de janeiro a março de 2021, ficando estável ao trimestre de anterior (43,9%). Em relação a igual trimestre de 2020 (44,4%), houve queda de 1,0 ponto percentual.

O nível de ocupação é o terceiro menor de todos os trimestres da série histórica, está abaixo de 50%, o que indica que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no estado.

Mais de 50 mil desalentados

A população desalentada (quem desistiu de procurar uma oportunidade no mercado de trabalho) foi estimado em 54 mil no trimestre de janeiro a março de 2021. Houve crescimento de 18,6% na comparação com o trimestre móvel anterior (46 mil de pessoas). Já em relação ao mesmo trimestre de 2020, houve expansão de 20,7%. À época, havia no Acre 45 mil pessoas desalentadas.

Ou seja, a taxa de desemprego só não é ainda maior no país porque muitos acreanos desistiram de procurar uma ocupação.

Vale destacar que o IBGE considera como desempregado apenas o trabalhador que efetivamente procurou emprego nos últimos 30 dias anteriores à realização da pesquisa.