Dados foram passados pela coordenação municipal da Defesa Civil de Rio Branco. Decreto de emergência também finaliza nesta terça-feira (29)
A Coordenação Municipal da Defesa Civil em Rio Branco fez, nesta segunda-feira (29), um balanço da “Operação Estiagem 2021”, que atendeu comunidades rurais no período de seca do Rio Acre entre julho e novembro deste ano. O balanço foi feito porque o decreto de situação de emergência, publicado em agosto deste ano, devido à estiagem termina na terça-feira (30).
O coordenador municipal major Cláudio Falcão informou que neste período de seca foram atendidas, com abastecimento de água potável, 17 comunidades rurais e ainda dois bairros da zona urbana. Ele diz que, ao todo, mais de 8,3 mil pessoas foram atendidas com a operação.
Carros-pipas iam até as comunidades para abastecer as casas e assim evitar que as pessoas da zona rural ficassem sem água.
“A Defesa Civil e a prefeitura municipal de Rio Branco distribuíram para as comunidades 7 milhões e 500 mil litros de água, lembrando que essa quantidade de água é totalmente mineral, própria para o consumo humano. Nós atendemos 17 comunidades no entorno de Rio Branco, apoiamos dois bairros na zona urbana. Nós tivemos um total 2.158 famílias contempladas, com total aproximado de 8,3 mil pessoas e totalizando ao longo desse período mais de 70 mil atendimentos feitos pela Defesa Civil, Secretaria de Agricultura e prefeitura municipal de Rio Branco”, destacou.
O principal objetivo desse atendimento era garantir água potável para as famílias que não são atendidas pela rede de distribuição de água. São geralmente famílias que dependem de poços, represas e água de chuva.
“O primeiro impacto verificado é a questão de água para o consumo humano. Com a distribuição de água, nós minimizamos esse impacto, evitando, inclusive, que as comunidades possam adquirir doenças com o consumo da água imprópria”, disse.
O major também lembrou que a estiagem causou impacto na produção, especialmente na parte de piscicultura, também na bacia leiteira e também na parte de produção e plantações, já que neste ano foi uma das piores secas em Rio Branco.
“Agora já estamos no período invernoso e, com esse período de chuvas, as comunidades rurais começam a ser abastecidas através de poços, represas e até mesmo com água de chuva. Dessa maneira, a Defesa Civil e prefeitura municipal suspendem a operação retornando em outro momento em que haja necessidade e, a partir de dezembro, nós suspenderemos a distribuição de água”, garantiu.
O coordenador também lembrou os desafios para que esse abastecimento chegasse a essa comunidades, muitas vezes de difícil acesso.
“Os caminhões que abastecem as comunidades, eles variam de 10 mil a 18 mil litros, então são viaturas muito pesadas que adentram em terrenos que têm a parte de lama, mas, mesmo assim, as dificuldades foram superados e fizemos de tudo para poder atender as comunidades, mesmo assim há uma dificuldades pelo período chuvoso que são carros muito pesados”, finaliza.
Seca
A falta de chuvas que afeta tanto a qualidade do ar devido às queimadas e também o nível do Rio Acre no período mais crítico da cheia. Em agosto, o rio Acre ficou com 1,33 metro, ou seja, três centímetros da cota histórica, que é de 1,30 metro em 2016. E foi quando o prefeito Tião Bocalom decretou situação de emergência porque já registrava uma das piores secas da história na capital.
A maior preocupação com a estiagem era o desabastecimento de água potável em comunidades rurais do município, potencializando danos e prejuízos à saúde humana, aos animais e a agricultura.
Para tentar amenizar a seca nas comunidades rurais, a Defesa Civil iniciou desde o final de julho o abastecimento de caixas d’água em alguns bairros da capital que não são atendidos pelo Departamento de Água e Saneamento do Acre (Depasa).