Ação ocorreu na manhã desta terça-feira (10). Direção do hospital disse que estratégias têm sido traçadas para sanar problemas
Rio Branco - O Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) e o Ministério Público do Acre (MP-AC) fizeram uma fiscalização no pronto-socorro de Rio Branco na manhã desta quarta-feira (10), quando constataram falta de profissionais e materiais na unidade de saúde.
O primeiro-secretário do CRM, Virgílio Prado, falou que a fiscalização ocorreu depois de queixas frequentes com relação aos atendimentos do PS. O órgão fez um levantamento de todas as irregularidades para montar um relatório e debater melhorias com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre) ainda esta semana.
“O que constatamos foi uma dificuldade para fazer escala de atendimento de cardiologia, por exemplo. Isso tem causado o fechamento da unidade, que deveria receber todas as emergências cardiológicas, como infarto. Mas, infelizmente, isso não está acontecendo justamente pela falta dos médicos”, pontuou Prado.
A falta de materiais básicos também foi outra grave falha encontrada pela caravana de fiscalização. “A gente vê que faltam materiais para atendimento básico, como sutura e outros pequenos procedimentos. É uma área que está bastante deficitária”, destacou.
‘Período crítico’
O diretor do PS, Areski Peniche, disse que a Saúde vem se recuperando de um período, que ele definiu como “crítico”. Assumiu que há falhas na unidade, mas garantiu que algumas medidas já foram tomadas para sanar os problemas.
“A Sesacre fez, desde o início do mês passado, uma série de licitações para a aquisição de materiais que já estão sendo entregues nas unidades de saúde. Passamos por um período bastante crítico no hospital com o desabastecimento por conta dessa inércia, que gerou essa carência”, explicou.
Sobre a mão de obra médica, Peniche disse que alguns profissionais aprovados no processo seletivo da Sesacre já foram chamados e também foram renovados contratos com especialistas do estado. Ele acredita que até a outra semana a situação tenha se normalizado dentro da unidade.
Diretor da unidade assume falhas e diz que foram tomadas medidas para sanar problemas — Foto: Divulgação/CRM-AC