Governo anunciou reajuste de 5,42% para servidores ativos e inativos, mas categoria diz que medida não atende à estrutura de carreira. Protesto ocorre nesta segunda-feira (14)
Contrários à proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo, os servidores da Educação voltaram a protestar nesta segunda-feira (14) em Rio Branco. Desta vez, o grupo ocupou a sede da Secretaria Estadual de Educação (SEE).
Na sexta (11), o governador Gladson Cameli anunciou um aumento de 5,42% no salário de servidores públicos estaduais. A proposta ainda precisa passar pela Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac).
O governo informou que o reajuste contempla mais 51,2 mil servidores ativos e inativos e vai fazer a folha de pagamento saltar de R$ 283 milhões, para R$ 309 milhões. Além disso, também vai ser pago o auxílio alimentação no valor de R$ 500 para os servidores ativos com salário bruto de até R$ 4 mil.
No entanto, os trabalhadores não aceitam essa proposta. É que, segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, o reajuste não atende à estrutura de carreira, que tem diferentes percentuais.
“Não aceitamos porque o reajuste não cumpre com nossa estrutura de carreira, que tem percentuais diferentes de nível médio para nível superior. É um reajuste que não cobre o piso do magistério e ainda está oferecendo o auxílio alimentação, que nós não queremos. Queremos que seja incorporado nos nossos pisos, porque beneficia nossos aposentados. E ele tem se posicionado descumprindo o relatório do Tribunal de Contas. Continuamos a greve e estamos dentro da Secretaria de Educação”, disse.
Os trabalhadores da rede pública estadual de Educação estão em greve desde o dia 16 de fevereiro. O governo disse que não vai se manifestar sobre o protesto desta segunda.
Ainda segundo o sindicato, além dos servidores da Educação estadual, os trabalhadores do município de Rio Branco continuam com a paralisação por de reajustes. Os servidores municipais deflagraram greve no dia 24 do mês passado.
Um grupo de servidores da Educação de Rio Branco também protesta nesta segunda (13) em frente à prefeitura da capital.
Proposta do governo
Além do benefício geral que vai ser pago a todos os servidores de reajuste de 5,42% no salário, o governo também anunciou o pagamento de benefícios para a educação e saúde estadual, que estão em greve.
Com relação aos profissionais da educação, o governo, que chegou a fazer uma consulta ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e recebeu parecer favorável, vai conceder o reajuste equiparado ao piso nacional no valor de 33,24%. Além do auxílio alimentação mensal para os servidores ativos da SEE de R$ 420.
“A partir daí toda equipe da secretária Socorro Neri se ajustou à proposta inicial que ajustava o piso somente para o magistério, estendendo para os servidores, inclusive fazendo a correção daqueles que ganham abaixo do salário mínimo”, explicou o secretário da Seplag, Ricardo Brandão na sexta (11).
Servidores estaduais pedem:
- Reformulação do plano de cargos e carreiras do estado;
- Concurso público estadual;
- Prestação de conta da Secretaria Estadual de Educação;
- Adesão do piso nacional para os professore, que é de R$3.800 para 40 horas;
- Salário mínimo
Categoria municipal pede:
- Reformulação de Plano de Cargo Carreira e Remuneração (PCCR);
- Piso nas carreiras aos professores, com 50% de diferença do nível médio para superior;
- Piso de uma única parcela aos professores;
- Piso dos funcionários de escolas que é de R$ 1.400, a proposta do Sinteac é de R$ 1.956;
- E se coloca contra a proposta da prefeitura de aumentar tempo de serviço para progressão salarial
- Convocação efetiva do concurso de 2018.