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Com restrições e encontros apenas aos domingos, Diocese aprova volta das missas presenciais em Rio Branco

Missas só vão ocorrer aos domingos, com duas celebrações no dia, uma às 8 horas e outra às 17 horas. Na semana, as atividades da igreja continuam de forma on-line

Após mais de cinco meses sem missas presenciais, a Diocese de Rio Branco decidiu voltar com as celebrações a partir do dia 6 de setembro, com algumas restrições e apenas 30% da capacidade de fieis por missas.

A informação foi confirmada pelo vice-reitor da Catedral, padre Jairo Coelho, que destacou que as missas só vão ocorrer aos domingos, com duas celebrações no dia, uma às 8 horas e outra às 17 horas. Na semana, as atividades da igreja continuam de forma on-line.

“Vamos ter algumas restrições de acordo com as medidas sanitárias e também com protocolos litúrgicos que nós vamos adotar para garantir toda a segurança dos fiéis”, disse Coelho.

Além disso, as celebrações ainda não retornam em todas comunidades e devem ocorrer apenas nas igrejas sedes das paróquias.

“Nesse primeiro momento, as celebrações vão acontecer apenas nas sedes das paróquias de áreas missionárias. As comunidades que integram as paróquias ainda não vão ter celebrações nessas pequenas comunidades, apenas nas igrejas principais”, complementou.

Entre as regras que vão ser seguidas pela igreja estão: “Limitação e 30% da capacidade dos templos; pessoas com mais de 60 anos e crianças menores de 10 e todas aquelas que fazem parte do grupo de risco, elas não irão poder participar das celebrações e estão sendo orientadas a permanecer em casa e acompanhar as celebrações através da TV Diocese ou pelas das redes sociais”, disse.

Além disso, o vice-reitor da Catedral disse que devem ser seguidas as medidas de higiene do espaço, uso obrigatório de máscaras, tanto para os fiéis quanto para as equipes de celebração, incluindo o sacerdote; espaçamento de dois metros entre cada pessoa.

“Nós vamos evitar o uso de folhetos, e quando houver, que os fiéis levem para casa para que não deixem na igreja e outra pessoa reutilizar. O rito da paz está suspenso, não tem abraço da paz para que não haja toque entre as pessoas”, acrescentou.

Presença nas missas

O padre informou que na Catedral, por exemplo, só vai ser permitida uma média de 180 pessoas em cada celebração.

Para participar das missas, a igreja vai disponibilizar aplicativos e também na secretaria de cada paróquia vai ser possível fazer a inscrição, segundo informou o vice-reitor.

“No ato da inscrição, a pessoa recebe uma espécie de senha para poder participar e evitar a aglomeração”, conclui.

Liberação das atividades religiosas

A liberação de cultos religiosos no estado com 20% da capacidade, foi autorizada pelo governo em decreto no dia 24 de julho, mas a diocese decidiu manter as igrejas fechadas.

As atividades religiosas, incluindo cultos, missas, procissões e qualquer outra, foram suspensas dia 20 de março, quando o governo determinou a suspensão dos serviços não essenciais como combate à Covid-19. O retorno das atividades estava previsto para ocorrer quando o estado atingisse a fase amarela, mas, acabou sendo adiado.

Mesmo sem as missas presenciais, a igreja continuou com a programação na internet, lives, através de atendimentos individuais, confissão.

Pressão e recomendações

Após pouco mais de um mês da suspensão das atividades, as igrejas evangélicas do Acre começaram a pedir pela volta das atividades em meio à pandemia.

Para evitar aglomeração e manter o distanciamento, a Associação dos Ministros Evangélicos do Acre (Ameacre) chegou a dizer que iria fazer escalas de cultos e reduzir em 30% a quantidade de fiéis nas igrejas.

Em junho, os deputados do Acre aprovaram, por unanimidade, um Projeto de Lei (PL) que previa a realização de cultos, missas e outros encontros religiosos durante a pandemia. O Ministério Público Federal chegou a fazer um alerta ao governador sobre a medida e ele recuou.

A Igreja Evangélica Assembleia de Deus virou alvo de uma representação do MPF, após ter reunido mais de 100 fiéis em uma reunião durante a quarentena, na Avenida Antônio da Rocha Viana, em Rio Branco.

O encontro de líderes religiosos foi flagrado por uma equipe da Rede Amazônica Acre.

No último dia 10 de julho, apesar de existir essa movimentação grande por parte de algumas denominações evangélicas pela liberação dos cultos nos templos, o Instituto Ecumênico Fé e Política do Acre (IEFP-AC) afirmou que ainda não era o momento de liberar as atividades religiosas devido aos números de casos de Covid-19 ainda estarem em crescimento.