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Com mais de 4 mil focos de calor no AC, governo decide decretar emergência ambiental durante a pandemia

Governador Gladson Cameli vistou o Cigma nesta segunda (31) e com os dados avaliados decidiu decretar emergência ambiental

O governo do Acre anunciou, nesta segunda-feira (31), que vai decretar emergência ambiental devido à seca e queimadas registradas no período de estiagem. O decreto de emergência deve ser publicado na terça-feira (1º) no Diário Oficial do Acre (DOE).

Nas últimas semanas, Rio Branco tem amanhecido debaixo de uma densa nuvem de fumaça.

O governador Gladson Cameli decidiu pelo decreto de emergência após visitar o Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) nesta segunda.

sema webGovernador Gladson Cameli vistou o Cigma nesta segunda (31) e com os dados avaliados decidiu decretar emergência ambiental — Foto: Diego Gurgel/Secom

Dados do Cigma, apresentados ao gestor, mostram que apenas entre sábado (29) e domingo foram registrados mais de 700 focos de queimadas. Entre janeiro e agosto deste ano, os especialistas afirmaram que já são contabilizados mais de 4 mil focos de calor, sendo que 3.578 registrados apenas em agosto.

Esses dados são de apenas um satélite, que é o Satélite Referência (Aqua Tarde). O Cigma é coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema) em parceria com os institutos de Meio Ambiente (Imac), de Terras (Iteracre), de Mudanças Climáticas (IMC) e da Fundação de Tecnologia (Funtac).

fumaca2 webFumaça encobre Rio Branco — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre/Arquivo

6 mil casos de doenças respiratórias em Rio Branco

Ainda no encontro, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) anunciou que a capital acreana, Rio Branco, contabiliza mais de 6 mil casos de doenças respiratórios em meio a luta contra o novo coronavírus.

O Acre tem mais de 24,6 mil casos de Covid-19 e 612 mortes pela doença até esta segunda. Mais de 110 pessoas estão hospitalizadas em tratamento contra a doença e 19.620 já receberam alta e são consideradas curadas.

“Estamos no meio de uma pandemia e fazendo o possível para tentar chamar a atenção das pessoas para os problemas que as queimadas trazem para a saúde da população. É tolerância zero para os crimes ambientais. Não dá para continuar como está, principalmente na zona urbana”, afirmou Cameli.