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Com início de reforma, feirantes são deslocados para estacionamento do Mercado Elias Mansour

Com início de reforma, feirantes são deslocados para estacionamento do Mercado Elias Mansour

Parte dos comerciantes reclama de diminuição das vendas, mas outros celebram a mudança e a construção de um novo espaço. Obra está prevista para terminar em um ano e terá custo de R$ 30 milhões

Com o início da construção do novo Mercado Elias Mansour, no Centro de Rio Branco, os comerciantes que trabalhavam no local foram realocados para um novo espaço, onde poderão continuar realizando suas vendas. O local temporário, onde os feirantes ficarão durante a reforma, foi o estacionamento do mercado.

A mudança despertou diferentes reações nos comerciantes. Parte deles reclamou da diminuição das vendas, mas outros celebraram a mudança e a construção de um novo espaço. A obra está prevista para terminar em um ano e terá custo de R$ 30 milhões.

A feirante Zeneide Profeta viveu em feiras desde de que se entende por gente. O pai dela sempre a levava ao trabalho e hoje, ela ainda segue os passos dele. Somente no antigo Mercado Elias Mansour, ela passou 18 anos, e agora está em um novo local.

“A gente estava necessitando disso, um lugar limpo, um lugar mais saudável, mais sadio. Porque, na verdade onde nós estávamos não era o mercado municipal, era uma praça de alimentação e já estávamos muito sufocados”, avalia.

Zeneide não é a única que gostou da mudança. Maria Socorro também aprova a reforma, e destaca que a localização temporária é a que foi preferida pelos comerciantes.

“Não tenho o que reclamar, foi bom. Fiquei no lugar que eu quis, que a gente preferiu”, ressalta.

O tradicional Mercado Elias Mansour foi demolido para dar espaço a um mercado cultural turístico. O novo mercado que está em fase de construção vai contar com estrutura metálica e elevadores.

O feirante Paulo Cesar é um dos que notaram queda no faturamento por conta das mudanças e acumula prejuízo.

“Eu cheguei com 100 cheiros verdes e levei cinquenta para casa. Eu não tive vendas, joguei um monte fora, somente o cheiro verde, a rúcula, só não a xicória que ainda dura e o alface. De resto eu jogo muito fora, já perdi para mais de R$ 350”, conta.

Quem também reclama de efeitos negativos da reforma é Manoel Francisco, que se juntou a outros feirantes para cobrar melhorias. Ele trabalha como feirante há mais de 40 anos e a renda dele vem exclusivamente das vendas que faz.

“As vendas caíram, caiu mais de 60%. Mas, devagarzinho, as pessoas vão chegando e a gente vai vendendo”, pondera.

O auditor da Secretaria Municipal de Infraestrutura Regineide Souza reconhece que os feirantes podem passar por dificuldades neste momento, mas que é uma situação transitória. Em breve, segundo o servidor, as vendas devem se normalizar e os feirantes não terão prejuízos.

“Esse momento transitório geralmente causa esse impacto. Em breve essa solução ela vai se normalizar, por que é um momento transitório”, alega.