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Com auxílio de drones, equipes fazem testes para encontrar áreas com água e perfurar poços artesianos em Rio Branco

Com auxílio de drones, equipes fazem testes para encontrar áreas com água e perfurar poços artesianos em Rio Branco

Testes fazem parte de um projeto para auxiliar na captação e distribuição de água para os moradores da capital

Com auxílio de drones, equipes da Prefeitura de Rio Branco iniciaram os primeiros testes para encontrar áreas com água e perfurar poços artesianos e melhorar o abastecimento na capital. Nesta quinta-feira (22), o prefeito Tião Bocalom e servidores do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) estiveram no reservatório da Cidade da Justiça, no bairro Portal Da Amazônia, para as ações.

À Rede Amazônica Acre, o presidente do Saerb, Enoque Pereira, disse que os testes desta quinta fazem parte da primeira fase da operação, que vai durar cerca de 60 dias e conta com equipamento de voo. Foram mapeadas dez áreas, sendo sete urbanas e três rurais, que vão ser estudadas para saber se tem ou não água. “

“Após essa fase, vai ser contratada outra empresa, através de licitação, para perfurar dois poços de pesquisa de 800 metros. É necessário porque Rio Branco nunca teve um estudo”, contou.

Em junho do ano passado, a Prefeitura de Rio Branco voltou a apresentar o projeto de escavação de poços artesianos para auxiliar na captação e distribuição. Na época, o prefeito Tião Bocalom disse que estudos de viabilidade do projeto iriam contar com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, e de pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac).

A próxima fase, segundo o presidente, será a de perfuração dos poços de pesquisas. O estudo está orçado em R$ 700 mil, mas o projeto de perfuração deve custar cerca de R$ 2 milhões.

“É uma perfuração muito profunda, para achar petróleo e gás, mas estamos focando aqui em água. A empresa vem preparada para isso, caso encontre gás ou petróleo estancar. O objetivo é água, é um procedimento caro, mas o prefeito já disponibilizou recursos. A gente precisa estabilizar Rio Branco na questão de água”, ressaltou.

bocalomPrefeito Tião Bocalom falou sobre a importância do estudo — Fotos: Júnior Andrade/Rede Amazônica Acre

Pereira disse também que o sistema de abastecimento de água da capital é antigo e é necessário encontrar outra opção de fornecimento para os moradores sem ajuda do Rio Acre. “Precisamos dar uma resposta, até para nós mesmo. Queremos resolver de vez, não sendo permitido vamos atrás de um plano B, seja em uma represa ou em uma açudagem, porque antigamente dava uma alagação há cada 20 anos e agora é quase todo ano. Dava uma seca há cada 15 anos, agora é todo ano”, destacou.

O prefeito Tião Bocalom falou da importância do projeto em busca de uma segunda alternativa de abastecimento.

“A gente sabe que Rio Branco corre um risco de desabastecimento de água a qualquer momento e ano. Ano passado foi um sufoco grande, ficamos na dúvida se isso poderia acontecer, mas graças a Deus não aconteceu. Desde que assumi a prefeitura tenho dito que precisamos buscar outra alternativa e não depender somente do rio, que é uma matriz superficial. Precisamos buscar água profunda, que é o que acontece no Brasil inteiro”, pontuou.