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Cheia do Rio Juruá: alunos de escolas usadas como abrigo terão aulas remotas em Cruzeiro do Sul

Cheia do Rio Juruá: alunos de escolas usadas como abrigo terão aulas remotas em Cruzeiro do Sul

Pelo menos oito escolas da rede municipal de ensino estão sendo usadas como abrigos pelas famílias afetadas pela cheia. Moradores estão desabrigados desde fevereiro

Alunos de pelo menos oito escolas da rede municipal de Cruzeiro do Sul, interior do Acre, vão começar o ano letivo de 2022 com aulas remotas na próxima segunda-feira (11). Os colégios são usados como abrigos por moradores atingidos pela enchente do Rio Juruá. Neste sábado (9), o manancial está com 12,12 metros no município, ainda acima da cota de alerta, que é de 11,80.

Um grupo de pelo menos 300 pessoas desabrigadas pela cheia segue nos abrigos há mais de 30 dias. O rio voltou a transbordar no dia 15 de março, porém, as famílias já estavam nos abrigos desde o final de fevereiro, quando a Prefeitura de Cruzeiro do Sul decretou situação de emergência.

Ao todo, cerca de 28 mil pessoas foram atingidas pela cheia do rio que passou por um período de oscilação e está abaixo da cota de transbordo, que é 13 metros. As famílias desabrigadas devem retornar para as casas quando o rio estiver abaixo da cota de alerta.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, as escolas utilizadas como abrigo são:

  • Escola Thaumaturgo de Azevedo
  • Escola Maria da Conceição
  • Escola Corazita Negreiros
  • Escola Marcelino Champagnat
  • Escola Rui Barbosa
  • Escola Nise Varela
  • Escola Nazaré Lima de Souza
  • Escola Padre Arnold

Nos demais colégios, as aulas serão 100% presenciais. “Depois da saída das famílias haverá uma preparação e limpeza para receber essas crianças. Acreditamos que entre 10 a 15 dias todos os alunos estão de volta as escolas”, explicou o secretário de Educação de Cruzeiro do Sul, Amarizio Saraiva de Oliveira.

Ainda segundo o secretário, o retorno das aulas presenciais é muito esperado pelos professores e gestores após quase dois anos de ensino à distância. “Tivemos que os reinventar para que essas crianças pudessem, de fato, fossem motivadas para estar durante quatro horas na sala de aula. Estavam em casa e tinham esse desejo de estar na sala com os colegas”, frisou.