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Censo 2022: faltando recensear 27% da população, Acre é 5º estado mais atrasado na coleta de dados

Censo 2022: faltando recensear 27% da população, Acre é 5º estado mais atrasado na coleta de dados

Foram recenseadas 660.601 pessoas, em 202.771 domicílios no estado. Dados são do quarto balanço parcial do levantamento divulgado nessa terça-feira (6) pelo IBGE

A operação do Censo atingiu cerca de 73% da população do Acre, segundo levantamento divulgado nessa terça-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante deste percentual, o órgão já dá como certo atrasar a conclusão do Censo 2022.

O Acre aparece como o quinto estado mais atrasado na pesquisa, ficando atrás de Mato Grosso, Amapá, Espírito Santo e São Paulo, com 65,91%, 66,87% 70,67% e 70,78% da população recenseada, respectivamente. Em relação ao último balanço do IBGE, divulgado no mês passado, o estado subiu duas posições entre os mais atrasados.

De acordo com o IBGE, entre 1º de agosto e 5 de dezembro, foram recenseadas 660.601 pessoas, em 202.771 domicílios no estado acreano - este é o quarto balanço parcial do levantamento.

Do total da população acreana recenseada até o momento, 49,8% eram homens e 50,13%, mulheres. Além disso, 28.275 indígenas foram recenseados até o momento.

Com relação à capital acreana, os dados apontam que somente 63% da população estimada foi recenseada, um total de 264.362 mil pessoa visitadas.

A previsão inicial era concluir o recenseamento da população em outubro. O prazo, no entanto, foi adiado para meados de dezembro. Diante deste quarto balanço, o IBGE estima que só será possível concluir o Censo 2022 em janeiro.

É com base nas informações fornecidas pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o tamanho da população que é feita a divisão do Fundo de Participação dos Municípios.

Falta de recenseadores e recusas

O IBGE atribui dois fatores para justificar o atraso na conclusão do Censo 2022 - a falta de recenseadores e a recusa de parte da população em responder aos questionários da pesquisa.

Mais de 3,4 mil domicílios acreanos, o que equivale cerca de 1,54%, se recusaram a responder a pesquisa. E, no estado, são 272 recenseadores em campo - apenas 40% do total de vagas disponíveis, que são de 680.

Para facilitar a contratação dos recenseadores, o IBGE conta com uma medida provisória editada pelo governo federal que desobriga o órgão de realizar concurso público.

O estado mais adiantado em termos de percentual de setores trabalhados é o Piauí (99,96%), seguido por Rio Grande do Norte (99,65%) e Pernambuco (99,59%). Já os estados de Mato Grosso (84,05%), Acre (89,07%) e Roraima (90,48%) são os com menor percentual de setores trabalhados.

Ações aos finais de semana e à noite

A coordenadora técnica do Censo no Acre, Lara Torchi disse que, para tentar concluir a pesquisa, foi feita uma força-tarefa de contratação e treinamento nas últimas semanas. Segundo ela, uma turma com 100 novos recenseadores conclui treinamento esta semana e vai entrar em campo.

“Hoje estamos contratando recenseadores com processo mais simplificado, com treinamento. Aqui em Rio Branco, estamos encerrando um treinamento nesta quarta [7] com mais de 70 pessoas, então entre semana passada e essa, um pouco mais de 100 novos recenseadores irão reforçar nosso quadro este mês de dezembro. Por isso, nossa expectativa é de conclusão no final de janeiro de 2024”, disse.

Além disso, os trabalhadores têm feito visitas nas residências pela parte da noite e aos finais de semana e feriados. “Temos equipes trabalhando em todos os horários, especialmente, fora de horário comercial, porque as pessoas que trabalham não estão em casa em horário comercial. Outro ponto que destacamos é que o recenseador nunca vai forçar entrada na casa das pessoas, a população pode, inclusive, responder do portão ou da janela. As entrevistas são básicas e em torno de 5 a 7 minutos está respondido”, afirmou Lara.