O dia 25 de novembro próximo é importante para o Baquemirim por vários motivos. Por isso, o convite entusiasmado que o Baque faz a todos, para a programação que acontece no Anfiteatro Garibaldi Brasil, na UFAC, no Festival Aquiri – Cantos e Baques da Floresta. As novidades são muitas e há o que comemorar.
A identidade visual do Baquemirim foi toda refeita, com projeto gráfico de Ipojucan, filho do saudoso Glauco, um dos grandes chargistas brasileiros. O diretor do Baque, Alexandre Anselmo, diz ter ficado “particularmente emocionado” ao ver o resultado. Alexandre e Glauco foram muito amigos em São Paulo e, para ele, “foi muito significativo poder contar com o talento e a inspiração do filho de um amigo tão querido. Ipojucan, como o pai, é um grande artista”.
O evento começa às 9h da manhã do dia 25/sexta-feira e termina às 21h:30. É a Virada Cultural do Baquemirim! Durante toda a sexta feira, o público terá muita música, poderá conhecer um pouco da culinária Huni Kuin, além dos quadros e esculturas de Mestre Raimundo Marques Vieira.
O homenageado será Mestre Pedro Sabiá, sanfoneiro, nascido em uma família de músicos do Seringal Cachoeira. Conviveu com Chico Mendes e ao seu lado se envolveu nos empates em defesa da floresta.
Mestre Pedro é um exímio tocador de sanfona, além de único afinador desse instrumento no Acre e um dos últimos a executar a sanfona de botão (ou harmônica).
O repertório do Mestre Pedro Sabiá tem a musicalidade dos arigós (soldados da borracha, nordestinos que vieram para a Amazônia no ciclo da borracha), em que predominam os elementos nordestinos, agregados à música dos indígenas.
Outra conquista a ser comemorada é o lançamento do segundo álbum de Txai Macedo em todas as plataformas de streaming, pelo estúdio TUTAK, selo Baquemirim. O estúdio é orgulho de todos do Baque. É onde ensaiam com os Mestres e gravam suas obras, é nesse estúdio, que na língua dos Puri significa espírito, onde mestres autodidatas e músicos profissionais se encontram, para, também, salvaguardar os cantos e as músicas da floresta.
Um desses artistas é Txai Macedo, natural de Tarauacá, foi seringueiro até iniciar seu trabalho junto às comunidades indígenas, principalmente pela demarcação de suas terras.
Gravou o álbum A Voz da Floresta nos Estados Unidos, com 10 canções de sua autoria. Mescla o português com a língua dos Huni Kuin, ritmos nativos de baques de samba, marcha e valsas.
O Festival Aquiri – Cantos e Baques da Floresta é uma programação de um dia inteiro e não tem ingressos à venda, pois a entrada é gratuita. Haux para todos!