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Após suspensão de trabalho externo de presos no AC, Justiça autoriza atividades em locais considerados essenciais

Nova portaria vale para detentos que cumprem pena no semiaberto no Presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul. Iapen diz que faz levantamento de quem vai voltar ao trabalho

Nove dias após de publicar uma portaria que suspendia o trabalho externo dos presos do semiaberto do Presídio Manoel Neri, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, o Tribunal de Justiça publicou uma nova portaria autorizando os detentos que trabalham em locais de atividades consideradas essenciais a voltarem às atividades.

A medida, adotada pelo Juízo da Comarca de Cruzeiro do Sul, tem como objetivo prevenir o contágio do novo coronavírus. A nova portaria não revoga a anterior, apenas cria uma exceção para que eles voltem a prestar serviços em locais que estejam autorizados a funcionar durante a quarentena.

Até a sexta-feira (10), o Acre já tinha 70 casos confirmados de Covid-19. Foram oito novos casos registrados de contágio pela doença, em comparação com o boletim anterior, quando haviam 62 casos confirmados.

O presidente do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Arlenilson Cunha, disse que tomou conhecimento da portaria na sexta (10) e que as medidas necessárias estão sendo adotadas.

“A ideia agora é fazer a identificação no sistema dos presos que têm autorização para ir ao local de trabalho para a gente dar cumprimento à determinação judicial e ao decreto governamental”, afirmou.

A unidade prisional tem 167 presos que exerciam alguma atividade remunerada fora do presídio, sendo 152 homens e 15 mulheres. Eles foram orientados a ficar em casa para evitar a proliferação da doença no estado acreano. Ainda segundo o Iapen, o órgão já começou a fazer o levantamento de quais detentos vão voltar ao trabalho.

O prazo do decreto anterior é de 60 dias e continua valendo para os demais apenados que não se enquadram no novo decreto. A suspensão pode ser revogada a qualquer momento.