Pane ocorreu no última quinta-feira (25) e até este domingo (28) 20% da distribuição de água segue afetada na capital acreana. Após o problema elétrico na unidade do bairro João Eduardo, um dos motores que bombeia água no Centro de Reservação Central Placas, que abastece toda parte alta, apresentou problema. A vazão na região foi reduzida em 15%
Após pane elétrica em uma unidade elevatória, o abastecimento de água segue comprometido em Rio Branco. Esse é mais um problema no sistema em menos de dois meses. Dessa vez, o problema ocorreu no Centro de Reservação Central do bairro João Eduardo, na última quinta-feira (25).
Cerca de 50 bairros das seguintes regionais tiveram o abastecimento comprometido:
- Regional São Francisco
- Regional Tancredo Neves
- Parte da Regional Cadeia Velha e
- Regional Estação Experimental.
Até este domingo (28), cerca de 20% do abastecimento continua comprometido. A expectativa do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) é de que até terça (30) o serviço seja normalizado.
“Teve um princípio de incêndio, que atingiu dois painéis, tivemos que desligar todo o sistema e também prejudicou até a rede da Energisa. [Equipes] Foram lá de madrugada, fez a parte [de manutenção], mas precisava trocar esses equipamentos. Tínhamos equipamentos de reserva, mas para trocar não é fácil, tem um fusível que não tem aqui, vimos em Porto Velho e estamos tentando realocar agora”, explicou o diretor-presidente do Saerb, Enoque Pereira.
O autônomo Geferson Silva mora em uma das regionais afetadas pelo problema. Ele contou à equipe da Rede Amazônica que, nos dias em que cai água, a distribuição não dura 40 minutos.
“Não dá para encher uma caixa direito, quando vem. Reclamavam que o rio estava cheio e deu problema no maquinário. Não chegou nem o verão e vão dizer que o rio está seco. A gente tem que comprar”, lamentou.
Ainda neste domingo, o diretor falou que um dos motores que bombeia água no Centro de Reservação Central Placas, que abastece toda parte alta, também apresentou problema. A vazão na região foi reduzida em 15%.
Decreto de emergência
No início do mês, o prefeito Tião Bocalom (PL) assinou um decreto de situação de emergência por conta da erosão causada pela queda brusca no nível do Rio Acre, após a cheia deste ano. O desmoronamento ameaça a Estação de Tratamento de Água (ETA II) e, consequentemente, o abastecimento da capital acreana.
O decreto com duração de 180 dias deve, segundo Bocalom, facilitar a compra de insumos para restaurar a estação de tratamento sem que seja necessário passar pelos processos normais de licitação. “Facilita a gente comprar peças, comprar máquinas, comprar motores pra poder atender rapidamente”, disse.
Na época, o diretor-presidente do Saerb, Enoque Pereira, afirmou que a erosão se agravava constantemente e que há um plano para mudar de lugar a estação de tratamento, que é responsável pelo abastecimento de 60% da capital acreana.