Interdição começou nessa sexta (21), das 22h às 5h, e serviço foi concluído na madrugada deste sábado (22) em Tarauacá
O trecho da BR-364 na altura da ponte sobre o Rio Tarauacá, na cidade de mesmo nome, no interior do Acre, foi liberado para tráfego após ter sido fechado na noite dessa sexta-feira (21) para novas obras de ampliação da ponte. A interdição, feita das 22h às 5h, seguiu durante a madrugada deste sábado (22) e o serviço foi concluído.
Inicialmente, o plano era de que houvesse interdição entre às 22h até 5h de sexta, sábado e domingo. No entanto, a execução da manutenção foi feita antes do prazo. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) removeram uma laje da estrutura, de cerca de 20 toneladas, que se moveu.
Em 2021, após uma cratera se abrir, a ponte na entrada de Tarauacá ficou vários meses parcialmente interditada e os moradores da cidade temiam ficar isolados ou que ocorresse um acidente grave devido à cratera.
Na época, o Dnit já planejava uma obra para aumentar a extensão da ponte em 70 metros e a previsão de conclusão do projeto era de um mês. No início deste ano, foi contratada uma nova empresa para seguir com a obra de ampliação e os serviços iniciaram no final de abril.
Orçada em aproximadamente R$ 11 milhões, a obra deve ser concluída no início de 2025.
“Fizemos os estudos para remoção dessa laje de transição, que tem uma medida de, aproximadamente, cinco por sete e uma espessura de 40 centímetros que desceu por conta da erosão. Estamos construindo a ponte, toda parte de fundação está pronta, mas para que eu possa cravar os tubulões entre a ponte nova e a antiga preciso remover essa peça”, explicou o superintendente do Dnit, Ricardo Araújo.
Ainda segundo o superintendente, as equipes têm a opção de ir quebrando a peça ao poucos para removê-la, contudo, o serviço levaria pelo menos um mês. Ele destaca a importância de fechar a rodovia para garantir a segurança dos motoristas e pedestres.
“Vamos retirar todo material do entorno e amarrar com duas escavadeiras hidráulicas. Se a gente fizer esse trabalho com os carros passando, o perigo de um acidente é muito grande. Se um cabo daquele romper, que sempre rompe, se tiver passando pode cortar ao meio. Não queremos esses acidentes”, reforçou.
O desbarrancamento no local ampliou o leito do Rio Tarauacá. Consequentemente, a ponte se tornou pequena para atingir as duas margens do manancial. “A ponte foi feita no lugar correto, o rio era reto, porém, ao longo do tempo, formou uma curva em cima da ponte. Saiu do seu leito natural e veio avançando para a margem e por isso deu a erosão, fizemos esses estudos. Então, esses 70 metros de prolongação da ponte vai fazer com que o problema acabe”, concluiu.