Defesa Civil Municipal informou que rio vazou 1,08 metro entre o meio-dia e às 18h desta segunda-feira (21). Algumas famílias desalojadas começaram a voltar para casa
A enchente que deixou cerca de 60% da cidade do Jordão, interior do Acre, inundada começa a dar um alívio para os moradores. Segundo a Defesa Civil Municipal, o rio vazou 1,08 metro entre o meio-dia e as 18h desta segunda-feira (21).
Mesmo com a vazante, o manancial continua acima da cota de transbordo, que é 7,50 metros. Na medição das 18h, o rio marcou 7,67 metros.
Na cidade, as águas dos rios Jordão e Tarauacá se unem durante a cheia. A cota de alerta é de 7 metros e a de transbordo é de 7,50 metros. Pela manhã, o nível das águas na cidade chegou a 8,75 metros.
O número de famílias desabrigadas também aumentou desde a contabilização da manhã. O número aumentou de 74 para 76 famílias instaladas em cinco abrigos na cidade. A Defesa Civil instalou os moradores em duas escolas estaduais e três municipais e uma creche.
O coordenador do órgão municipal, coronel James Joyce Gomes, contou que não tem o número de famílias desalojadas, aquelas que buscam refúgio na casa de parentes, amigos e conhecidos. As equipes devem fazer essa contagem na noite desta segunda.
Ainda está acima da cota de transbordo, mas apresenta vazante. Agora à noite vamos atualizar as informações, os dados. Tem abrigo que não foi contabilizado [número de famílias], tem o pessoal que está na casa de familiares, ficaram em barcos e agora vamos nos reunir para atualizar essa informação”, destacou.
Famílias desalojadas começam a limpar os estabelecimentos e casas no Jordão — Foto: Reprodução
Sobre os bairros afetados, o coronel citou as seguintes regiões:
- Kaxinawá
- Alfredo Suero Sales
- Centro
- Bairro Novo
- Bananal
Com a vazante, o coronel disse que algumas famílias desalojadas já iniciaram a limpeza de casas e estabelecimentos comerciais. “Como a água vai baixando, vão aproveitando a água do próprio rio para limpar. Se esperar baixar totalmente fica mais difícil limpar. Esses pontos que a água saiu já estão restabelecendo a energia elétrica para causar menor prejuízo”, frisou.
Enchente no Acre
Pelo menos cinco cidades do Acre foram atingidas pela cheia dos rios nesta segunda (21). Entre elas estão a capital, Rio Branco. O Rio Acre no município está com 13,90 metros, 10 centímetros da cota de transbordo, que é 14 metros.
Uma família do bairro Seis de Agosto já foi removida para casa de parentes. A Defesa Civil do município começou a limpeza no Parque de Exposições Wildy Viana, no Segundo Distrito da capital. Porém, nenhuma família foi levada para o local.
O órgão municipal acrescentou que vai montar 30 boxes no parque para receber essas pessoas. Em outros cinco abrigos devem ser instaladas ao menos 50 famílias, caso haja a necessidade.
Sena Madureira
Em Sena Madureira, o Rio Iaco marcou 14,54 metros no início da noite desta segunda. A cota de alerta do manancial é 14 metros e de transbordo 15,20 metros.
O Corpo de Bombeiros fez a remoção, na tarde desta segunda, de cinco famílias do bairro do Amarílio. Duas dessas famílias são de indígenas que foram levadas para o Ginásio Hemilton Gadelha.
As outras três foram instaladas na Escola Siqueira de Menezes. Essas famílias totalizam 34 pessoas desabrigadas.
Tarauacá
Em Tarauacá, o rio que leva o mesmo nome da cidade atingiu a cota de transbordo, que é 9,50 metros, na tarde desta segunda (21). Apesar da enchente, nenhuma família precisou ser retirada de casa.
A coordenação da Defesa Civil de Taraucá explicou que o bairro Senador Pompeu costuma ser um dos primeiros alagados em períodos de enchentes, mas, por enquanto, ainda não há água nas ruas e nem atingindo as casas.
Cruzeiro do Sul
No Juruá, em Cruzeiro do Sul, o rio continua baixando. Pela manhã, o Rio Juruá marcou 11,88 metros e às 18h desta segunda baixou para 11,83 metros. Mesmos assim, o manancial continua acima da cota de alerta, que é 11,80 metros.
O Corpo de Bombeiros da cidade informou que a previsão é de que o nível do rio suba novamente por causa da água que vem de Marechal Thamauturgo.
Nenhuma família precisou sair de casa para ir para abrigos ou para casa de parentes. Entre os bairros já atingidos em Cruzeiro do Sul estão: Lagoa, Miritizal, Várzea e Cruzeirinho.