Procurador de evento ainda teria permito pessoas sem máscara e circulação no ambiente, o que gerou aglomeração no evento. Festa ocorreu no último dia 11 em Rio Branco
O organizador de uma festa vai ter que doar 60% dos lucros que arrecadou em uma festa realizada no último dia 11 em Rio Branco. A determinação é do Ministério Público do Acre (MP-AC) após identificar que a organização do evento descumpriu alguns protocolos sanitário para evitar a proliferação do novo coronavírus.
No banner de divulgação da festa, a organização anunciou a participação de bandas e cantores locais para o evento.
A organização do evento e o promotor de Justiça Glaucio Shiroma Oshiro assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). No documento, o promotor se comprometeu a doar parte dos lucros que arrecadou com bilheteria e venda de produtos para o Fundo Especial do Ministério Público.
Ao G1, o advogado Weverton Marias, que representa a Associação Brasileira dos Produtores de Eventos (Abrape) e a organização da festa, destacou que este evento disponibilizou camarotes e mesas para grupos familiares já para procurar manter o distanciamento entre as pessoas, mas que em alguns momentos houve o desrespeito por parte dos participantes no local.
“No entanto, é um momento de confraternização que as pessoas acabam se exaltando e alguns se aglomerando na frente da palco ou tiram a máscara para beber algo ou comer e acabam deixando de colocar”, justificou.
Neste sábado (19), o boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) confirmou mais 528 novos casos de Covid-19 e uma morte pela doença.
Irregularidades
Ainda segundo o MP-AC, o evento desrespeitou várias protocolos sanitários do decreto estadual como: aglomeração, circulação de pessoas no ambiente, pessoas sem máscaras e distanciamento social.
O organizador se comprometeu a não descumprir mais as normas sanitárias em eventos futuros, sob pena de multa no valor de R$ 10 mil por dia descumprido.
Próximos eventos
Ainda segundo Weverton Matias, a Abrape propôs que os próximos eventos também doem parte dos lucros para o Fundo Especial do Ministério Público porque o setor de eventos está solidário com as famílias atingidas pela pandemia.
“A gente quer, de alguma forma, mobilizar o setor para ajudar com isso. Não entendemos como uma punição, mas como uma medida educativa. Foi um acordo que fizemos com o Ministério Público. O setor de eventos não pode parar, empregamos muitas pessoas e também é importante para a economia. Fizemos um evento seguindo todos os protocolos, colocamos os grupos familiares nas meses, vendemos camarotes para criar um ambiente de distanciamento. Pedimos que o público colabore também”, finalizou.